segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Redução do IPI

Governo Lula aumenta ajuda para empresários

O governo Lula em 2009 adotou uma forte política de auxílios e isenções aos grandes bancos e empresas. Enquanto milhares de trabalhadores eram demitidos e tinham seus salários reduzidos, o governo garantia os lucros dos patrões.

Apesar de o governo Lula ter decretado o fim da crise no país, o ministro da Fazenda Guido Mantega vem anunciando uma nova rodada de isenções às grandes empresas. Desta vez, a lista de isentos de pagar o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) inclui a indústria automobilística, o setor de móveis e construção.

Injustificável

A justificativa dada por Mantega para o privilégio às montadoras foi uma suposta política do governo de investir em tecnologias menos poluentes. Para isso, isentaria os chamados carros biocombustíveis, ou seja, os automóveis de motores “flex”, aqueles que utilizam tanto álcool como gasolina.

A medida do governo mantém a alíquota de 3% do imposto (quando deveria crescer para 5% em dezembro e 7% em janeiro) até março de 2010. O presente de Mantega às grandes montadoras vai custar nada menos que R$ 1,3 bilhão, segundo o próprio ministro.

Como se não bastasse, o ministro anunciou o IPI zero para o setor de móveis e de materiais de construção. Para Mantega, o setor de construção deveria ter menos impostos para o trabalhador ter mais tempo de terminar sua casa.A medida é uma tentativa de aumentar ainda mais os lucros das empreiteiras. As empresas da área esperam aumento de até 16% nos lucros após as medidas do governo.

Financiando o lucro dos empresários

Só a isenção ao setor de móveis e a prorrogação do privilégio à construção civil vão custar R$ 903 milhões. Junto com o benefício à indústria automobilística, o custo sobe para R$ 2,2 bilhões. Num momento em que os aposentados reivindicam o mesmo reajuste do salário mínimo às demais aposentadorias, e o governo nega por “falta de recursos” Mantega distribui isenções e privilégios para empresas. O próprio ministro declarou durante um debate com empresários que o total de desonerações do governo às empresas chega a R$ 100 bilhões nos últimos cinco anos, sendo R$ 25 bilhões só em 2009.

Os trabalhadores já conhecem os efeitos da redução do IPI. Sabem que a diminuição dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) será descontada pelos prefeitos nas costas dos mais pobres e do conjunto dos trabalhadores.

Às vésperas de ano eleitoral, o governo Lula mostra claramente aos empresários que os lucros continuarão a ter prioridade.

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