quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Natal

Prefeita pede à Justiça que greve seja considerada ilegal


A prefeita de Natal, Micarla de Sousa (PV), afirmou no início da noite de ontem, em conversa com moradores do bairro de Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte de Natal - onde visitava obras de drenagem e calçamento - que a Procuradoria Geral do Município ingressou com uma ação na justiça contra a greve dos professores, que completa hoje uma semana.

Segundo a prefeita, o entendimento da gestão municipal é de que a greve é ilegal, e que quase a totalidade dos pontos da pauta de exigências do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte/RN) já foram atendidas pela gestão municipal em sua plenitude. A informação foi repassada por um assessor do município que acompanhava a visita da prefeita ao bairro.

A greve dura oito dias. No início da semana, a prefeitura fez um apelo, via nota oficial divulgada à imprensa, para que os professores retornassem imediatamente às salas de aula, e dizendo que contava com "o bom senso e sensibilidade" da categoria. A nota oficial dizia ainda que a prefeitura não via justificativa na paralisação e que tomaria "todas as medidas" para garantir a normalidade do ano letivo de 2010.

A informação sobre o ingresso na justiça contra os professores não foi confirmada pelo secretario municipal de Educação, Elias Nunes, que evitou falar com o Diário de Natal sobre o assunto. O procurador-geral do município, Bruno Macedo, também não retornou as ligações até o fechamento desta edição.

Transparência

Sinte Ceará-Mirim apresenta prestação de contas de 2008 e 2009

Para garantir que toda a categoria saiba como é gasta a receita do Sinte Ceará-Mirim, a diretoria do sindicato está divulgando a prestação de contas de 2008 e 2009 no blog. Você só precisa baixar os arquivos que contêm todas as movitações feitas nos últimos dois anos.
Basta clicar nas imagens para baixar as tabelas.








quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Natal

Professores recusam reajuste de 5%

Os professores da rede municipal de ensino continuarão, por tempo indeterminado, com a greve que amanhã completa sete dias. O principal impasse ainda é a questão da reposição salarial dos últimos dez anos, pois, enquanto o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (Sinte RN) não abre mão do índice de 29%, a Prefeitura insiste em dar apenas 5% em abril.

“Não houve avanço”, resumiu a presidente do Sinte, Fátima Cardoso, que ainda admite a continuidade do diálogo se a própria prefeitura desse o exemplo, reduzindo em 50% os gastos de R$ 3,2 milhões apenas com 774 servidores municipais. “Aí a gente ia entender que havia um compromisso do município com a categoria”, disse ela, que também questionou a nota divulgada pela prefeitura de quem vem cumprindo alguns acordos já feitos com a categoria.

De qualquer modo, ela disse que o resultado da audiência que ocorreu ontem à tarde com os secretários Elias Nunes (Educação) e Augusto Viveiros (Planejamento), será levado à assembleia permanente da categoria, a partir das 14h de amanhã, no Sinte.

Elias Nunes, disse que em virtude do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a prefeitura não podia oferecer um índice de reposição salarial de 5%, que se somaria aos 12% que já foram dados em 2008 e este ano, fora o reajuste concedido em janeiro de 2009.

Em nota assinada pelo secretário Nunes e enviada às redações dos jornais, a Prefeitura informa que atendeu à categoria e faz um apelo para que retomem as atividades. Em uma análise das reivindicações, ficou constatado que a maior parte das solicitações intermediadas pelo Sinte já foram atendidas pelo Município.

Promotora quer explicação sobre atraso em repasses

A promotora da Educação Carla Amico enviou ofício à Secretaria Municipal de Educação (SME) para pedir informações acerca do atraso no repasse da verba de manutenção das escolas da rede municipal de ensino.

A promotora informou, por intermédio da Assessoria de Imprensa do Ministério Público Estadual (MPE), que preferia não se pronunciar a respeito do assunto enquanto não recebesse os documentos da Prefeitura de Natal. O pedido de documentos e informações não significa ainda uma abertura de procedimento de investigação.

O atraso do repasse das duas principais fontes de renda para a manutenção das escolas (compra de material de expediente, como folhas e canetas, além de material de limpeza, higiene e pequenos reparos) foi admitido pelos secretários de educação, Elias Nunes, e de planejamento, Augusto Viveiros. O pagamento ficou pendente durante todo o ano de 2009.

Mas, na última sexta-feira, dia 19, foi pago o valor de R$ 550 mil, referentes ao ROM (Recursos Orçamentários do Município). O pagamento do PDE (Plano de Desenvolvimento Estratégico) ainda está pendente e a expectativa da Secretaria é de pagar até o fim da semana, de acordo com nota que enviada para a imprensa pela Secretaria na última segunda-feira.

A diretora do Sinte, Fátima Cardoso, afirmou que vai lutar para que o recurso volte a ser controlado pela Secretaria de Educação. De acordo com Fátima, no último ano a Secretaria de Planejamento geriu esses recursos, o que é inapropriado, na avaliação do Sinte. “Se o dinheiro fica disponível para a Secretaria de Planejamento, é possível fazer remanejamentos. Ou seja, usar o dinheiro da educação para outras demandas do Município. Vamos lutar para que esse dinheiro volte a ser controlado pela Secretaria de Educação”, afirma.

É hora de lutar

Sinte de Ceará-Mirim chama assembleia com indicativo de greve para início de março

A Educação em Ceará-Mirim está pedindo socorro. O ano de 2009 marcou de forma ruim a vida e o trabalho de professores e funcionários do município. O prefeito Antônio Peixoto (PR) vem destruindo a educação pública. A situação das escolas é de caos. Faltam as condições mais básicas de trabalho, material escolar para estudantes, kits fardamento e refeitórios. Em Ceará-Mirim, as escolas se parecem com qualquer coisa, menos com escolas de verdade. Além disso, o prefeito não cumpriu o acordo da última greve nem apresentou nenhuma proposta de aumento salarial. Essa é a educação de Antônio Peixoto.

Os trabalhadores da educação devem se organizar para exigir a abertura das negociações sobre o Plano de Cargos, a prestação de contas dos recursos aplicados na educação e a definição de uma política salarial para este ano, condicionada ao início das aulas. Além disso, todos precisam comparecer à assembleia geral da categoria, com indicativo de greve, no dia 4 de março, quinta-feira, às 8 horas. O local ainda será definido pelo Sindicato.

É hora de derrotar o prefeito e os vereadores. Nenhum direito a menos! Reajuste salarial já!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Enquete sobre as Tropas da ONU no Haiti

E aí? Você é a favor ou contra?

A ocupação das Tropas da ONU no Haiti, lideradas pelo Brasil, já dura quase seis anos. Nesse período não houve nenhuma melhoria nas condições de vida do povo, como querem nos fazer acreditar os governos. Os soldados permanecem no país apenas para garantir que empresas estrangeiras explorem a mão-de-obra barata do miserável povo haitiano. Todas as manifestações, protestos ou greves de trabalhadores são duramente reprimidas pelas tropas, como foi caso da luta pelo aumento do salário mínimo do país no ano passado.

Nós, da direção do sindicato, somos contra a permanência das tropas no Haiti. Mas o blog do Sinte de Ceará-Mirim também quer saber a sua opinião. Na coluna ao lado, você pode responder a nossa enquete e dizer o que acha. Não deixe de votar.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Perseguição

Diretores estão devolvendo professores e funcionários para a Secretaria de Educação

As aulas ainda nem começaram e o prefeito Antônio Peixoto (PR) já iniciou seus ataques aos trabalhadores da educação de Ceará-Mirim. Os diretores das escolas do município, indicados pela prefeitura, estão devolvendo professores e funcionários para a Secretaria de Educação sem nenhuma justificativa.

De acordo com a diretora do sindicato da categoria, Ana Célia Siqueira, as devoluções ocorrem sem que os motivos sejam apresentados para que os trabalhadores possam se defender de quaisquer acusações, como irresponsabilidade, falta de cortesia ou de senso de colaboração. “A Secretária de Educação simplesmente recebe e encaminha a transferência dos servidores, sem questionar se estes concordam com a mudança de local. Se a moda pegar, as direções vão utilizar este método para afastar da "sua" escola todos os servidores que não tiverem acordo com a sua administração.”, afirma Ana Célia.

A diretora do Sinte de Ceará-Mirim ainda lembrou que as transferências de servidores da educação só podem acontecer mediante solicitação dos próprios trabalhadores ou por necessidade do local de trabalho. “No caso de transferência por decisão da direção, deve ser aberto inquérito administrativo apontando a justificativa da remoção. Além disso, deve ser dado tempo e espaço para que os servidores se defendam. Da forma como estão sendo feitas as transferências, nós estamos questionando todas as remoções e estamos orientando os servidores a se articularem nas escolas, com a comunidade e lutar para permanecer no mesmo local de trabalho, caso seja seu desejo. Não devemos aceitar perseguição.”, alertou.

Caso Arruda

Humor

Fórum Contra Opressão Social e Política

Planejamento de lutas do Fórum acontece hoje


O Fórum Contra Opressão Social e Política (FCOSP) convida os trabalhadores, estudantes e desempregados para a realização de seu planejamento, com o objetivo de preparar a luta para este primeiro semestre. O planejamento ocorrerá na Escola Ubaldo Bezerra, hoje (20) às 8h30min.

Programação

8h30min - Debate sobre o Haiti;
10h00min - Balanço;
11h00min - Planejamento.

Compareça!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Opinião

É possível acabar com a corrupção dentro do capitalismo?
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Esquema montado no governo Arruda (DEM) levanta o debate sobre os limites da luta contra a corrupção

Por Rodrigo Dantas, de Brasília (DF)*

Os escândalos de corrupção se repetem e mostram como funciona a política no capitalismo: empresas privadas financiam a campanha eleitoral e elegem seus representantes – em geral, políticos-empresários, donos das terras, imóveis e construtoras, proprietários de igrejas, hospitais, escolas, rádios, TVs, jornais e empresas que prestam serviços ao governo. Para garantir a aprovação das leis de interesse dos que os financiam, os governos distribuem cargos, recursos públicos e favores de todo tipo. O balcão de negócios da política dos ricos só conhece a lógica do toma lá dá cá, em que é dando que se recebe. A lição é uma só: tudo e todos têm seu preço e a impunidade é a regra geral. Dentro e fora da legalidade, o capitalismo vive da corrupção do Estado. Não existe capitalismo sem corrupção!

O poder econômico dos patrões, ao eleger seus representantes como se fossem representantes do povo, possui todo o poder de governar, legislar, explorar e julgar os trabalhadores. Privatizam tudo, reservam 1/3 do orçamento para pagar juros a banqueiros, financiam empresas privadas com recursos públicos, gastam rios de dinheiro em propaganda, obras e eventos para obter contratos superfaturados e despejam bilhões de reais na vala da corrupção. Acaba no bolso dos patrões os recursos que sempre faltam para a saúde e a educação pública de qualidade, moradia e todos os direitos e necessidades da população.

Enquanto isso, os trabalhadores são obrigados a enfrentar filas gigantescas nos hospitais, torcendo para não morrer durante a espera; a qualidade da educação pública segue em queda livre; o desemprego e a falta de perspectivas assolam a juventude; as empresas terceirizadas impõem regimes de semi-escravidão aos trabalhadores e os salários da maioria não dão para o básico; sofremos com transporte público precário a serviço do lucro dos empresários, que nos limita o direito de ir e vir. Para os trabalhadores sobram apenas as migalhas do farto banquete de recursos públicos que nutre a riqueza dos patrões e seus político-empresários.

Não podemos aceitar que os patrões que nos exploram todos os dias sigam governando impunemente a serviço apenas da corrupção e de seus interesses privados. Basta!!!

* Rodrigo Dantas é professor do departamento de filosofia da UnB, diretor do ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes do Ensino Superior)

Natal

Professores decidem greve hoje


O ano letivo das 136 escolas da rede municipal de ensino, que oficialmente começa hoje, pode vir com o anúncio de greve dos professores. A assembleia da categoria para decidir a deflagração do movimento será realizada hoje às 8h30, na Escola Estadual Winston Churchill, na Cidade Alta. Desde o final do ano passado, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do RN (Sinte-RN) já ameaçava deflagrar uma greve no primeiro dia de aula, se a Prefeitura de Natal não cumprisse com os compromissos firmados com a categoria.

Docentes das 136 escolas administradas pela prefeitura cobram promoções e benefícios Foto: Maria Iglê/Especial/DN/D.A Press "Como as negociações não avançaram, há grandes chances de ser deflagrada uma greve", avisou a coordenadora do Sinte, Fátima Cardoso, justificando que a Secretaria Municipal de Educação não cumpriu nenhum dos prazos de publicação e pagamento previstos em lei, correspondentes ao Plano de Carreira da categoria. Na pauta de reivindicações estão as promoções horizontais que estão atrasadas desde o início do ano passado e as verticais que eram para ter sido pagas desde março do ano passado.

Outras cobranças são o pagamento das horas suplementares dos professores correspondentes a 11 meses de atraso, o terço de férias referentes a 2007 e 2008 dos educadores infantis contratados em 2007, e mais um outro terço de férias de 300 educadores infantis que entraram em janeiro de 2009, a ser pago em janeiro de 2010.

Prova Brasil

A pauta de cobrança ao município não para aí. Os educadores também querem o pagamento das aulas de revisão da Prova Brasil, atrasado desde setembro do ano passado e o dos professores do Pró-Jovem, programa que recebe verba do governo federal. Outro atraso do município relacionado pelo Sinte, é o vale-intermunicipal dos educadores infantis. Fora a pauta de atraso, há a questão da reposição salarial que os professores reivindicam o pagamento de 29% divididos em três vezes e a prefeitura bateu o martelo oferecendo 5%.


sábado, 13 de fevereiro de 2010

Carnaval

Bloco Acorda Peão fala de crise economica e corrupção do DEM
Bloco dos metalúrgicos de São José dos Campos traz crise da economia, corrupção em Brasília e golpe em Honduras. Ouça o samba.
Este ano o Bloco Acorda Peão, de São José dos Campos (SP), volta a abordar a crise econômica mundial. Mas também critica a política, com o dólar na cueca e o real na meia, numa referência direta aos escândalos recentes de Brasília.
O bloco já é tradicional e desfila hoje (13) pelas ruas da cidade. Há 12 anos, leva para a avenida sambas que tratam com humor e irreverência as bandeiras da classe trabalhadora.
O samba-enredo deste ano, de autoria do diretor do Sindicato, Renato Bento Luiz, traz o título “ É crise” e retoma o assunto já abordado em 2009. “A crise que abordamos este ano não é apenas econômica. Estamos assistindo a escândalos, golpes e maracutaias que começaram em 2009 e, ao que parece, permanecerão vivos em 2010. Os trabalhadores do Acorda Peão estão atentos a tudo isso”, afirma Renato.
Além da crise econômica e dos dólares usados para socorrer empresas privadas, o Acorda Peão faz críticas ao Prêmio Nobel da Paz dado a Barack Obama e aos escândalos de Brasília envolvendo o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda. Aborda também o programa de habitação do governo Lula,“ Minha Casa, Minha Vida”, o Pré-Sal e o golpe de Honduras.
LEIA A LETRA E OUÇA O SAMBA!
“É CRISE”
Autor: Renato Bento Luiz
É crise
O mundo forra de dinheiro
Governo do mundo inteiro
Quer montar um hospital
E fazer cirurgia pra salvar o Capital
(Saia). Saia!
Deram o golpe no Zelaya, e o cara ficou mal
Veio a crise do apagão
E jogou o cara no chão
É “Minha Casa, Minha Vida”,
Futebol e Carnaval
Essa crise ele tempera com Pré-Sal (BIS)
(Mas que Demo?). Que Demo!
Demonizou Brasília
Passaram Arruda sem Guiné
O dólar foi pra cueca
E o real foi pro chulé
A burguesia no mundo
É incapaz
Deu para um assassino
O prêmio Nobel da Paz
No Carnaval
Eu vou chamar sua atenção
Me divertindo com o Acorda Peão (BIS)

CLIQUE NO PLAY E OUÇA O SAMBA!


Corrupção

Humor

Governador do DF, José Roberto Arruda, vai passar carnaval na cadeia

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Solidariedade

Conlutas-RN realiza debate sobre tragédia no Haiti


Na noite de ontem (10), a Coordenação Nacional de Lutas no RN (Conlutas-RN) realizou um debate sobre o trágico terremoto que atingiu o Haiti e as consequências da ocupação militar que este país enfrenta há quase seis anos. Na mesa, estiveram presentes o professor da Rede Estadual de Ensino e militante do PSTU, Dário Barbosa, o professor de Ciências Sociais da UFRN e membro do PSOL, Robério Paulino e o também professor da UFRN, Antônio Lisboa, que esteve no Haiti recentemente. O debate reuniu cerca de 50 pessoas na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do RN (Sindsaúde), em Natal.


Em sua fala, Dário Barbosa denunciou o objetivo criminoso das tropas de paz da ONU, lideradas pelo exército brasileiro e pelo governo Lula. "Não há nada de humanitário nas ações daquelas tropas no Haiti. Estão lá apenas para garantir que os trabalhadores haitianos não lutem por melhores condições de vida e trabalho. O exército brasileiro está reprimindo greves e manifestações estudantis. Mataram dois operários e um professor universitário.", afirmou.

Dário Barbosa lembrou, também, que a miséria e a exploração sofrida pelo povo haitiano agravaram ainda mais as consequências do terremoto.

O professor Robério Paulino afirmou que é preciso denunciar os EUA, o Brasil e a ONU pelos quase seis anos de ocupação e repressão ao povo do Haiti. Entretanto, disse também que é igualmente necessário enviar uma verdadeira ajuda humanitária, que permita aos haitianos reconstruirem seu país.

Além disso, o professor apresentou dados preocupantes sobre as condições de vida do povo. "No Haiti, 1% da população concentra 60% da riqueza do país.", disse.

Já Antônio Lisboa, que esteve no Haiti no ano passado numa delegação da Conlutas, relatou qual era a situação do povo antes do terremoto, como se agravou depois da tragédia e defendeu que todas as tropas de ocupação devem sair imediatamente do país.

Lisboa também denunciou o papel que cumpre a ONU no Haiti. "As tropas da ONU dizem que é preciso restituir a segurança na área. Isso significa impor uma grande exploração ao povo haitiano, garantindo que as empresas estrangeiras lucrem bastante pagando salários equivalentes a R$ 115.", afirmou.
Ao final do debate, o professor Dário Barbosa propôs ampliar ainda mais a campanha de solidariedade ao Haiti, usando cartazes e até outdoor. Também foi sugerido a realização de um show beneficente com artistas potiguares.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

S.O.S Haiti

Sindicato dos metalúrgicos de São José lança video sobre a ocupação do Haiti
A equipe de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, em São Paulo, mais uma vez presta um serviço maravilhoso a todos os ativistas e militantes do país ao editar o vídeo “Fora tropas brasileiras do Haiti”. O vídeo é de 2008 e, embora seja anterior ao terremoto que arrasou com o país, segue sendo muito.
Assista!




Solidariedade

Conlutas fará ato em defesa do povo haitiano


Manifestação também é parte da campanha para recolher doaçãoes para trabalhadores haitianos


Nesta quinta-feira (4), a partir das 15h30, no Calçadão da Rua João Pessoa, no Centro de Natal, a Coordenação Nacional de Lutas do RN (Conlutas/RN) fará um ato público em defesa do povo haitiano. A manifestação é parte da campanha de solidariedade aos trabalhadores do Haiti, vítimas das consequências trágicas do recente terremoto e da ocupação militar da ONU, liderada pelas tropas brasileiras.


Todas as pessoas que desejarem ajudar o povo haitiano devem entregar suas doações na sede do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde do RN (Sindsaúde), que fica na Av. Rio Branco, no Centro de Natal/RN (subida do Baldo). Roupas, calçados, cobertores, agasalhos e alimentos não perecíveis podem ser doados.

Ceará-Mirim

Prefeitura mente sobre aprovação do Plano de Cargos dos professores


No último sábado, 30 de janeiro, o Jornal de Hoje publicou matéira sobre a violência policial ocorrida na Câmara Municipal de Ceará-Mirim, no dia 28 de janeiro, durante a votação do Plano de Cargos e Salários dos professores. Na matéria citada, o jornal ouviu a versão do sindicato (Sinte) e também a da prefeitura.

Através de sua assessoria de imprensa, o prefeito Antônio Peixoto (PR) relatou duas mentiras sobre os professores e o Plano de Cargos. Primeiro afirmou que o Plano foi discutido com o sindicato e com os professores. Depois, disse que a categoria não aceita o projeto porque não quer ser avaliada.

De acordo com a diretora do sindicato, Ana Célia Siqueira, o prefeito mentiu para não assumir a responsabilidade por ter elaborado um projeto que retira direitos dos professores. "Não houve discussão com o sindicato nem com a categoria. A palestra com Justina Iva, ex-secretária de educação de Natal, serviu apenas de enganação, pois nós não tínhamos nem recebido o projeto do Plano e não podíamos nos posicionar. Ele (o prefeito) enviou o projeto nas férias da categoria. Não houve discussão.", disse.

Sobre a acusação, feita pelo prefeito, de que os professores não aceitam ser avaliados e por isso são contra o Plano, Ana Célia rebateu: "É mentira que os professores não aceitam ser avaliados. O problema é que a prefeitura quer avaliar apenas os professores. Em nenhum momento o projeto de Antônio Peixoto fala em avaliar a prefeitura sobre as condições das escolas e de trabalho dos professores. A Avaliação de Desempenho de Peixoto quer punir os professores por uma responsabilidade que pertence à prefeitura. Isso nós não aceitamos.".

Deu na imprensa

Depois de briga e confusão na Câmara, professores ameaçam greve em Ceará-Mirim
A sessão plenária da Câmara Municipal de Ceará-Mirim, da última quinta-feira, terminou em briga e confusão. Cerca de 200 manifestantes acompanharam a votação do projeto de lei, enviado pelo Executivo, que criava o Plano de Cargos e Carreira para os professores da cidade. Após a aprovação da matéria, o tumulto só foi contido com a chegada da Polícia Militar. Agora, a categoria planeja iniciar o ano letivo em meio a uma paralisação.
O movimento de protesto ao projeto foi organizado pelo Fórum Contra a Opressão Social e Política, órgão composto por integrantes de vários Sindicatos. O grupo rejeitava o Plano de Cargos porque este não havia sido discutido com a categoria. O maior questionamento sobre a matéria era o fim da promoção automática para os professores, que precisariam passar pela análise de desempenho para conseguir o benefício.
“A desatenção da Prefeitura para com a educação é muito forte. Ele (Antonio Peixoto) não presta contas para o setor, não responde a nossos ofícios. O tratamento dele tem sido exatamente este, com truculência e autoritarismo”, desabafou Ana Célia Siqueira, membro do Sindicato dos Trabalhadores em Educação, responsabilizado o prefeito Antonio Peixoto (PR) pela confusão.
A sindicalista se referiu as agressões sofridas pelos manifestantes na Câmara de Vereadores. Insatisfeitos com a aprovação do projeto, por sete votos favoráveis e dois contra, os manifestantes invadiram o plenário da casa para protestar. Neste momento, a Guarda Municipal e a Polícia Militar foram acionadas para reprimir o movimento.
A estudante Lamia Nogueira, representante do movimento estudantil dentro do Fórum, foi uma das agredidas. “Os policiais começaram a empurrar e, ainda dentro do plenário, bateram com o cacetete nas minhas costas e depois na altura do estômago. Já fora da Câmara fui imprensada na porta e, no chão, fiquei sem conseguir respirar”, relatou.
Lamia precisou ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi trazida para o Hospital Walfredo Gurgel. Após receber alta, a manifestante não teve direito a receber seu laudo médico. Segundo foi informada, o documento só poderia ser entregue com a autorização policial. A medida impediu Lamia de denunciar as agressões.
Os protestos do Fórum movimentam Ceará-Mirim desde o ano passado. Um outro projeto da Prefeitura, que concedia a uma empresa financeira gerenciar os recursos do município, também virou alvo de protestos do grupo e, acabou sendo engavetado.
Agora, o movimento vai convocar os professores da cidade para não iniciar o ano letivo. A greve seria usada para protestar contra o projeto. “Quem precisa fazer emendas é a categoria, não um certo grupo de vereadores”, finaliza Ana Célia.
Versão oficial
O prefeito de Ceará-Mirim, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que lamentava o episódio ocorrido na Câmara Municipal da cidade, mas acrescentou que não abre mão da avaliação por desempenho, para conceder promoções aos professores municipais.
“O prefeito jamais daria qualquer orientação a polícia para atuar contra quem quer que seja. A convocação da polícia é da Câmara e o uso do efetivo policial foi feito para garantir os trabalhos do legislativo. Querer acusar o prefeito é mais uma inverdade”, divulgou a assessoria.
O órgão informou ainda que a matéria foi, sim, objetivo de discussão, mas que os representantes dos sindicatos não aceitaram a promoção feita por avaliação. “A Prefeitura não abre mão que o servidor seja avaliado pelo seu desempenho”, completou. A assessoria fez questão de enfatizar ainda que “lamenta os excessos verbais praticados por sindicalistas contra o prefeito”.

Fonte: Jornal de Hoje - 30 de janeiro de 2010

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Repressão em Ceará-Mirim

Depois da repressão policial, professora faz desabafo

Muitos trabalhadores ficaram revoltados com a aprovação do Plano de Cargos e Salários dos professores pela Câmara Municipal de Ceará-Mirim, ocorrida na quinta-feira passada, dia 28 de janeiro. O projeto foi aprovado de forma antidemocrática e violenta. Por ordem do presidente da Câmara, Roberto de Lima (PR), a polícia reprimiu uma manifestação pacífica dos professores.
Abaixo, o desabafo de uma professora do município logo depois da ação da polícia.