segunda-feira, 30 de abril de 2012

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Congresso da CSP-Conlutas avança em alternativa independente de luta e organização

Congresso reuniu 2300 delegados de 26 estados e o DF e marca a aproximação de importantes entidades nacionais à central

O tempo podia estar chuvoso e frio do lado fora, prenúncio do inverno, mas no interior do auditório da Estância Árvore da Vida, em Sumaré (SP), o clima era de muita alegra. O I Congresso da CSP-Conlutas se encerrou com a certeza de que um importante passo foi dado na consolidação de uma alternativa de luta para o movimento sindical, social e popular no país.

O congresso reuniu quase 2300 pessoas, sendo 1809 delegados eleitos em assembleias de base, representando 114 sindicatos , 2 associações de classe, 118 oposições sindicais e minorias de diretorias sindicais, 1 movimento de luta pela terra (MTL), e, representando um grande salto em relação ao congresso de fundação, 11 movimentos populares urbanos. Além disso, houve a presença de 4 movimentos de luta contra as opressões e 1 entidade nacional dos estudantes (ANEL).

“Tivemos representantes de quase todos os estados da Federação, com a exceção de Rondônia, fica aí o compromisso para o próximo congresso”, afirmou Sebastião Carlos, o Cacau, da Secretaria Nacional Executiva da CSP-Conlutas.

Fortalecimento
Além da incorporação de novas entidades sindicais e movimentos populares no último período, o congresso marcou a aproximação de importantes setores à central. É o caso da Fenasps (Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social) , uma das entidades que participaram do congresso como convidada. "O objetivo é que, a partir do Congresso, passemos a participar, enquanto Federação e diversos sindicatos, dos fóruns da entidade para continuar trabalhando pela unidade", afirmou o diretor da Fenasps José Campos.

Além da Fenasps, outras importantes entidades nacionais como a Fasubra (Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras) e a Assibge-SN (Sindicato Nacional dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística) também estão se aproximando da central, assim como entidades de metroviários e ferroviários de diferentes partes do país.

O congresso reafirmou a importância dessa entidade que, desde o início da criação da então Conlutas, vem se consolidando como alternativa independente do governo, num momento em que todas as outras centrais sindicais, como a CUT, avançam em sua adaptação ao Estado.

Polêmicas
Como qualquer congresso que reúne enorme gama de orientações e correntes políticas, o I Congresso da CSP-Conlutas também teve as suas polêmicas. A principal delas referente ao nome da entidade. Algumas teses defenderam a mudança do nome de CSP-Conlutas para apenas 'CSP', a fim de atrair os setores que romperam no Conclat (Congresso da Classe Trabalhadora) em 2010, alegando a questão do nome para isso. O principal defensor dessa tese foi o Andes-SN.

"Precisamos dar uma sinalização clara que esse instrumento que construímos de fato expresse esse processo de reorganização, que é muito maior que nós", defendeu Marina Barbosa, dirigente do Andes-SN. "Esse nome que construímos já não nos pertence, esse nome já é patrimônio da classe trabalhadora, é dos lutadores do Haiti, dos operários da construção civil, dos estudantes", respondeu Érico Correa, dirigente do Sindicato dos Servidores da Caixa Estadual do Rio Grande do Sul (Sindicaixa) e da corrente Construção Socialista, defendendo a manutenção do nome.

José Maria de Almeida, o Zé Maria, da Executiva Nacional, ressaltou a importância do Andes-SN para a construção da entidade, além de outras entidades como os operários da construção civil de Fortaleza, metalúrgicos de São José dos Campos (SP). Mas defendeu a manutenção do nome da entidade. "Quando a base da frente popular, descontente com sua direção, olha para o lado e procura quem está lutando, se depara com a marca da CSP-Conlutas", afirmou, argumentando que seria um erro abrir mão disso.

Ao final dessa discussão, cerca de 80% do plenário aprovou a manutenção do nome CSP-Conlutas, dando continuidade à experiência de organização iniciado em 2003 e à tradição da democracia operária, com as polêmicas sendo exaustivamente discutidas e depois votadas e definidas pela base.

Plano de Lutas
Ao final do congresso, os delegados aprovaram um plano de lutas para o próximo período, que inclui o apoio e fortalecimento das greves, como a do funcionalismo público e as da construção civil, além da luta pela unificação das campanhas salariais do segundo semestre. O plano de ação ainda prepara um dia de manifestação durante a ‘Rio+20’ (que ocorrerá de 13 a 20 de junho) , além da mobilização contra as remoções da população pobre para as obras da Copa do Mundo.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Participantes do congresso da CSP-Conlutas realizam ato do 1º de Maio na Avenida Paulista nesta terça-feira

A CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), junto com outras organizações de esquerda, vai realizar o ato de 1° de Maio, Dia Internacional do Trabalhador, nesta terça feira, no vão do Masp, na Avenida Paulista. Será um ato histórico.

A manifestação contará com a participação de trabalhadores e trabalhadoras que estão à frente das lutas no Brasil e que participaram do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas. São operários da construção civil de Belo Monte (PA) e Suape (PE), operários do Comperj (RJ), professores, servidores públicos federais, estaduais e municipais, metalúrgicos, bancários, trabalhadores rurais, químicos, trabalhadores sem teto, estudantes, aposentados, os que lutam contra as opressões e tantas outras categorias.

Delegações internacionais
Uma delegação internacional, que participou do congresso da CSP-Conlutas, com a presença de 20 países, comparecerá ao ato, confirmando a vocação internacionalista da Central Sindical e Popular.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Primeiras plenárias aprovam resolução internacional e nacional

As propostas elaboradas em grupos de trabalho do 1º Congresso da CSP-Conlutas sobre a situação política e econômica no mundo e no Brasil foram levadas à plenária neste domingo 29 para debate e votação das resoluções. Os textos elaborados nos grupos foram resultado de discussões feitas nos grupos pelos delegados, onde todos puderam falar e fazer propostas. Todas as emendas que tiveram 10% de aprovação no grupo foram encaminhadas à plenária. As polêmicas que ocorreram serviram para enriquecer os debates, o que torna viva a nossa Central.

Governo Dilma, lutas e pactos sociais são temas da resolução
A situação nacional foi o segundo tema de votação das resoluções neste domingo 29. O balanço do governo Dilma, o Brasil em meio à crise econômica mundial, a criminalização dos movimentos sociais, a retomada das lutas operárias e demais setores da classe trabalhadora marcaram a maioria das discussões.

A resolução reafirmou o apoio da CSP-Conlutas a todas as lutas e chamou a construção de um plano de ação que unifique, em uma jornada comum, as mobilizações contra as políticas anti-trabalhador do governo Dilma e da burguesia.

Houve polêmica sobre a participação da Central na mesa de negociação da construção pesada. Diante do tema, o Congresso rejeitou os pactos sociais e aprovou a participação na mesa da construção pesada.

Quanto às eleições, a CSP-Conlutas deve indicar rejeição aos candidatos da oposição burguesa e da base aliada do governo, e deve indicar o voto em candidatos da classe trabalhadora, rumo à sociedade socialista.

Oriente Médio, Norte da África e Europa estão entre as principais resoluções
No ponto internacional, houve acordo na maioria das questões, com polêmica em torno das revoluções no Oriente Médio e no Norte da África para o qual foi aprovado: “O capitalismo deve pagar pela crise. Todo apoio às revoltas populares no norte da África e Oriente Médio e à luta dos trabalhadores europeus e de todo o mundo”.

Também foram aprovadas outras resoluções relativas à questão dos imigrantes, da nacionalização da YFP na Argentina, entre outras. As que tiveram algum tipo de polêmica, como a luta do povo líbio, o governo venezuelano de Chávez, entre outros, foram aprovados com direito a intervenções a favor e contra, e votação final pelo plenário.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Apresentação de teses permite amplo debate nos grupos

A apresentação das teses na manhã deste domingo 29 permitiu que as diversas opiniões existentes na CSP-Conlutas fossem debatidas democraticamente pelos delegados e delegadas presentes no plenário do congresso. As exposições das teses ajudaram nas discussões que ocorreram nos grupos.

Os grupos de trabalho, que representam um terço do tempo do congresso, têm como objetivo garantir que as resoluções sejam aprovadas com a participação no debate dos delegados e delegadas. São eles que representam as centenas de milhares de trabalhadores da base de suas categorias.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, direto de Sumaré (SP)

Congresso teve painel sobre organização de base e combate à burocratização para fortalecer a Central

No domingo 29, o painel sobre “Organização de Base”, tema principal do congresso, tratou de um assunto fundamental para o fortalecimento da Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas). A importância do trabalho de base para enfrentar os ataques dos patrões e dos governos, assim como para enfrentar a burocratização dos sindicatos e de dirigentes sindicais foi abordada com ênfase por José Maria de Almeida, da Secretaria Executiva da CSP-Conlutas.

Como organizar os trabalhadores para enfrentar a questão territorial das cidades e do campo, bem como os danos causados pela política dos Governos, com destaque para os danos causados pela vinda da Copa do Mundo e das Olimpíadas, também foi uma das questões centrais do evento. Assim como o fortalecimento da organização dos trabalhadores para enfrentar a criminalização dos movimentos.

Os diretores do Sinte/RN de Ceará-Mirim, Ana Célia e Jean Lima, foram eleitos delegados na base da categoria da educação do município e participam, entre os dias 28 e 30 de abril, do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, cujo principal tema é a organização de base dos trabalhadores brasileiros.

domingo, 29 de abril de 2012

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas

Ato pede punição aos crimes da ditadura e reparação aos perseguidos políticos

Um dia cansativo não desanimou os participantes do Congresso da CSP-Conlutas para o ato que ocorreu na noite deste sábado (28) de abril no auditório principal da Estância Árvore da Vida. Com o tema ‘Ditadura Militar, anistia política e direito de organização de base”, centenas de participantes assistiram ao ato público que, mais do que uma denúncia ao regime militar, serviu como verdadeiro resgate histórico da luta do movimento sindical e popular.

A mesa do ato, no lugar de uma ou duas personalidades, foi composta simbolicamente por diversos perseguidos políticos da ditadura militar. Mais precisamente militantes que atuavam no movimento sindical e que foram presos e demitidos de forma arbitrária, e que fazem parte de uma campanha por reparação. “Aqui não se trata tão somente de uma questão de memória, mas também de verdade e Justiça”, afirmou Aderson Bussinger, advogado e membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ.

Bussinger lembrou que as torturas e a perseguição política não ficaram no passado, mas fazem parte do presente. "Sabemos que existe tortura nas delegacias, perseguição a ativistas políticos, então essa não é uma questão só de passado, mas se refere também ao presente, e ao futuro, para que esse tipo de coisa não se repita” disse.

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sábado, 28 de abril de 2012

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas

DELEGADOS E DELEGADAS DEBATEM SITUAÇÃO POLÍTICA NACIONAL E INTERNACIONAL

Na tarde deste sábado, 2º dia do Congreso Nacional da CSP-Conlutas, os delegados e delegadas do evento foram divididos em grupos para debater a situação política e econômica no Brasil e no restante do mundo. Os diretores do Sinte/RN de Ceará-Mirim, Jean Lima e Ana Célia Siqueira, participaram em seus grupos das discussões sobre os efeitos da atual crise econômica do capitalismo, as lutas dos trabalhadores no Brasil e as revoltas e revoluções que estão ocorrendo na Europa e no mundo árabe. Para os dois delegados do Sinte/RN, o primeiro tema de debates do congresso serviu para ampliar a visão acerca dos problemas e desafios que os trabalhadores de todo o planeta terão pela frente no próximo período.

"É muito importante esse debate para compreendermos a realidade daqui e do resto do mundo. Vemos que os governos são todos iguais, querem apenas reprimir as lutas dos trabalhadores e negar direitos nesse momento de crise. Saber como enfretá-los é importante para alcançarmos futuramente vitórias contra a burguesia, seja em outros países ou no Brasil contra a política do governo Dilma.", disse Jean Lima, do Sinte de Ceará-Mirim.

Para Ana Célia, o tema das dicussões do 2º dia de congresso ajudou na compreensão de que os trabalhadores precisam unir suas reivindicações para conquistar vitórias. "Esse debate ajuda a armar politicamente os trabalhadores para enfrentar a crise econômica nos seus estados e também ajuda os trabalhadores a compreenderem que nossa classe é internacional e que é preciso lutar de forma unificada.", destacou a diretora do sindicato da educação.


Os diretores do Sinte/RN de Ceará-Mirim foram eleitos delegados na base da categoria da educação do município e participam, entre os dias 28 e 30 de abril, do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, cujo principal tema é a organização de base dos trabalhadores brasileiros.

1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas

Luta contra mortes e acidentes no trabalho abre debates no 2º dia de Congresso

Um minuto de silêncio. Foi assim que teve início o ato para marcar o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho, no início do segundo dia do Congresso da CSP-Conlutas.

“Companheiros que foram mortos e acidentados no trabalho”, chamou o membro da Secretaria Executiva Nacional da CSP Conlutas Luiz Carlos Prates, o Mancha. “Presente”, responderam em coro todos os manifestantes presentes no plenário lotado.

“No dia de hoje, lembrado em todo o mundo, estamos aqui não só para relembrar nossos mortos, mas também para denunciar e lutar para que as mortes e acidentes não mais aconteçam”, disse Mancha.

Um vídeo ainda no início da atividade, produzido pela Federação dos Metalúrgicos de Minas Gerais, foi apresentado com entrevistas de especialistas na saúde do trabalhador e traçou um panorama da situação das condições de trabalho e dos acidentes.

Jordano Carvalho, da coordenacão de saúde da Federação, um dos coordenadores da mesa do evento, resumiu a situação do trabalho no Brasil e no mundo: um verdadeiro assassinato dos trabalhadores nos locais de trabalho. Ele lembrou das mortes que ainda vitimam trabalhadores de várias categorias e citou exemplos recentes de mortes na construção civil e metalúrgicos. “O trabalho é um meio de vida e não pode ser um meio de morte para o trabalhador”, disse.

O papel do governo federal a serviço dos patrões também foi ressaltado. Foi denunciado que o governo não toma nenhuma medida para prevenir e preservar a saúde dos trabalhadores, porque isso geraria custos para os patrões. Ao contrário. O governo quer agora regulamentar a Alta Programada e a Terceirização, que são medidas que prejudicam ainda mais os trabalhadores.

“Sindicatos não podem lutar só por salário, PLR. É preciso atentar para a prevenção e a defesa da saúde, segurança e vida dos trabalhadores. E isso não é uma tarefa de apenas um diretor, um departamento, mas deve ser de todos”, concluiu Mancha.

O ato, que teve início com um minuto de silêncio em homenagem aos mortos no trabalho, terminou com uma salva de palmas de todos os delegados presentes no plenário e o compromisso de fazer um combate permanente aos ataques dos patrões e do governo e as condições precárias de trabalho.

Fonte: CSP-Conlutas

Nacional

1º CONGRESSO DA CSP-CONLUTA TEM INÍCIO COM DELEGAÇÕES DE TODO O PAÍS

A abertura do 1º Congresso da CSP-Conlutas aconteceu nesta sexta-feira, dia 27, em Sumaré (SP). Por volta das 18h30, cerca de 1.500 pessoas já se encontravam no plenário, apesar de ainda haver delegações de vários locais do país programadas para chegar no encontro.

Entre os presentes, caravanas vindas de todo o pais, como a do Pará, que levou 56 horas para chegar no local do Congresso. Mas nem a longa viagem de ônibus desanimou os trabalhadores, que eram um dos mais animados no início da plenária.

Em nome da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Sebastião Cacau, fez uma saudação a todos os presentes. “Aqui está cada um que ajudou a construir essa ferramenta de luta da classe trabalhadora, ainda pequena, mas ativa e vigorosa”, discursou. “Vamos debater as teses, cada proposta. Democraticamente vamos votar nossas resoluções e com unidade colocar em prática um plano de lutas e organização em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, completou.

Em seguida, falaram representantes de organizações presentes na mesa de abertura, como o líder da greve dos bombeiros do Rio de Janeiro, Benevenuto Caciolo, que levou todos a clamarem “1, 2, 3, 4, 5 mil, viva a aliança operária estudantil” defendendo a importância desse aliança.

A indígena Kaiowá-Guarani Dirce Veron, da região de Dourados, no Mato Grosso do Sul, emocionou o plenário ao afirmar “eu quero dizer aqui que a gente existe, os povos indígenas existem , mas estão morrendo”. Dirce denunciou a política do governo, que alardeia proteger os índios, mas é o primeiro a massacrá-los ao não garantir a demarcação de suas terras.

Também estiveram na mesa de abertura Canindé Pegado, da UGT, Mané Melato, da Intersindical, Miguel, do PSOL, Zé Maria, do PSTU e integrantes da delegação estrangeira do Egito e Chile.

A sindicalista egípcia Fatma Ramadan reforçou a necessidade da solidariedade internacional e defendeu a necessidade das lutas. “O povo quer mudar o sistema”, ressaltou ao mencionar a recente revolução egípcia.

Na maioria das falas o destaque foi para o papel cumprido pela CSP-Conlutas no último período, à frente das lutas e na busca pela unidade de ação em defesa dos trabalhadores. Mobilizações em curso no país, como a greve na construção da hidrelétrica de Belo Monte e nas obras da Copa, foram lembradas e saudadas.

Após a mesa, foi cantada a Internacional Socialista. Delegados de várias partes do país se levantaram para entoar o hino da classe trabalhadora em todo o mundo. As atividades do dia foram encerradas com a leitura do Regimento Interno. As emendas propostas serão votadas no plenário, neste sábado.


Fonte: CSP-Conlutas

Sinte/RN de Ceará-Mirim em Sumaré

DIRETORA DO SINTE DE CEARÁ-MIRIM DESTACA IMPORTÂNCIA DO 1º ENCONTRO DE MULHERES DA CSP-CONLUTAS

A professora e diretora do Sinte/RN de Ceará-Mirim, Ana Célia Siqueira, participou do 1º Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas, ocorrido nesta sexta-feira, dia 27, em Sumaré (SP). Ela destacou a importância da realização do encontro e a necessidade das mulheres se organizaram para combater o machismo ao lado dos demais trabalhadores. "O encontro é importante por dois motivos: por estar ligado ao 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, discutindo a organização dos trabalhadores pela base, e também por organizar as mulheres na luta em defesa do fim do machismo e da exploração. Essa é uma luta que tem de ser levada para todos os estados.", disse Ana Célia.

A diretora do Sinte de Ceará-Mirim foi eleita delegada na base de sua categoria e participa, entre os dias 28 e 30 de abril, do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas, cujo principal tema é a organização de base dos trabalhadores brasileiros.

Nacional

MAIS DE 500 PESSOAS PARTICIPAM DO 1º ENCONTRO DE MULHERES DA CSP-CONLUTAS

O 1º Encontro de Mulheres da CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular), realizado nesta sexta-feira 27, debateu, entre outros pontos, a importância da organização de base para as mulheres trabalhadoras. Havia 487 delegadas vindas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Pará, Alagoas, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, entre outros estados de todo país. O evento antecedeu o 1° Congresso da CSP-Conlutas cuja abertura começou às 18h30 desta sexta-feira na Estância Árvore da Vida, em Sumaré (SP).

A representante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Ana Pagamunici, também integrante do Movimento Mulheres em Luta, fez uma análise da situação de superexploração dos setores oprimidos na sociedade capitalista, a exemplo das mulheres. Ana lembrou que o Brasil governado por Dilma, primeira mulher eleita presidente em nossa história, está longe de defender políticas que atendam realmente as necessidades das mulheres. “Não basta ser mulher, é preciso ter um programa que defenda a classe trabalhadora”, disse ela, destacando que em 16 meses de governo a presidenta Dilma optou por governar para banqueiros e empresários.


No encontro, o debate expôs a realidade da classe trabalhadora hoje, na qual 56% das mulheres trabalhadoras estão no serviço público e 20% no serviço privado. Nos últimos anos, houve 120% de entrada das mulheres no mercado de trabalho. Por isso, foi discutida importância de se ter políticas para que as mulheres conquistem sua autonomia.

Ainda no debate, levantou-se a informação de que 33% das mulheres brasileiras ganham menos que os homens, mesmo cumprindo a mesma função. Além disso, são 35% nos serviços terceirizados. “Não é possível pensar
na classe trabalhadora, sem pensar nas mulheres.”, afirmou Ana Pagamunici.

Ela também ressaltou que Dilma vetou a lei que exigia a aplicação de multa às empresas que pagam salários inferiores às mulheres que cumpram a mesma função dos homens. Para Ana Pagamunici, isso ocorre por conta do machismo ainda existente na sociedade, que precisa ser combatido. Ana defendeu que essa é uma luta de homens e mulheres. “A violência contra as mulheres também precisa ser combatida, pois os índices de agressão tem sido alarmantes”, acrescentou.

A plenária contou com a
participação da estudante Daniela, da Federação Nacional dos Estudantes da Costa Rica, que apresentou a experiência das mulheres do seu país e reafirmou que a unidade de todas é fundamental para superar os ataques contra a classe trabalhadora e contra as mulheres. Também saudou o encontro a sindicalista egípcia Fátima Ramadan, que esteve à frente da luta recente dos trabalhadores egípcios.

Construção Civil
A coordenadora geral do Sindicato da Construção Civil de Belém, Deuzinha, trouxe as experiências de seu s
etor, retratando o crescimento da mão de obra feminina. “Em 2006 eram 99 mil trabalhadoras nos canteiros de obras e em 2010 já são 180 mil”, contou. O próximo passo, segundo ela, foi ocupar os espaços do sindicato e construir a Secretaria de Mulheres. Com isso, a campanha salarial da categoria incorporou todas as reivindicações das operárias. “As nossas dificuldades, como em todos os locais, é o assédio moral, sexual e o machismo. Lutamos também por escolas e hospitais. Mas é preciso combater acima de tudo, o machismo dentro dos canteiros de obras”, ponderou.

Segundo Deuzinha, as mulheres da construção civil tem atendido o chamado da CSP-Conlutas e do sindicato. “A grande vitória da nossa organização foi a participação de 46 operárias no debate de mulheres no 8 de março, e hoje estamos em sete operárias presentes no 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas”, concluiu Deuzinha. Após as falas da mesa, o debate foi aberto para o plenário que enriqueceu o encontro com a troca de experiências das mulheres trabalhadoras.

No encontro, foi aprovada uma carta com as principais demandas e desafios das mulheres para o próximo período. Além disso, foi aprovada a realização de um próximo encontro para o primeiro semestre de 2013. Em seguida foram apresentadas três teses que farão parte dos debates do 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas. Ao final, foram eleitas sete delegadas para representar o Movimento de Mulheres em Lutas no 1º Congresso Nacional da CSP-Conlutas.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Em Ceará-Mirim...

SALA DE AULA PASSA POR REFORMA APÓS DENÚNCIA DO SINDICATO DA EDUCAÇÃO

Em agosto de 2010, a direção do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Ceará-Mirim (SINTE/RN) visitou o anexo da Escola Municipal Antônio Ferreira da Silva, no Assentamento Padre Cícero, próximo à Comunidade de Ponta do Mato, na zona rural do município. Na época, o sindicato encontrou uma sala de aula funcionando em condições muito precárias, sem reboco nas paredes, com carteiras quebradas e um quadro negro improvisado (foto ao lado). O local era o maior retrato do descaso do prefeito Antônio Peixoto (PR) com a educação pública de Ceará-Mirim. No início deste mês de abril, quase dois anos depois da primeira fotografia, o Sinte voltou ao anexo da Escola Antônio Ferreira da Silva e, infelizmente, encontrou a mesma situação de 2010. Só as carteiras haviam mudado de lugar.

Entretanto, após nova denúncia do sindicato da educação, inclusive divulgando a imagem da sala de aula nas redes sociais, a Prefeitura resolveu tomar algumas providências mínimas. Nesta terça-feira, dia 24, o Sinte foi novamente ao Assentamento Padre Cícero e constatou que uma reforma tinha sido iniciada na sala de aula do anexo da Escola Antônio Ferreira da Silva. A Prefeitura forneceu o material de construção e a própria comunidade começou a reforma. O sindicato da educação de Ceará-Mirim lamenta que o prefeito Antônio Peixoto só busque soluções para os problemas quando sua administração está sob forte denúncia. Mesmo assim, soluções paliativas. A população do assentamento precisa de bem mais do que uma simples reforma numa sala de aula. Precisa de uma boa escola com educação pública de qualidade.

Abaixo, veja fotos do início da reforma.

Paredes da sala de aula começaram a ser rebocadas

Carteiras são novas, mas quadro continua improvisado

Prefeitura forneceu material de construção; comunidade deu início à reforma

Início da reforma da sala de aula

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Em defesa da educação pública

EDUCADORES DE CEARÁ-MIRIM FAZEM PARALISAÇÃO DE ADVERTÊNCIA

Na manhã desta quarta-feira, dia 18, os professores da rede municipal de ensino de Ceará-Mirim promoveram uma paralisação de advertência. O protesto, que contou com um ato público em frente à Prefeitura, denunciou a defasagem salarial dos profissionais e os problemas enfrentados pelas escolas públicas da cidade. A manifestação foi convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Educação do RN - Sinte Regional de Ceará-Mirim e é parte das atividades da Campanha Salarial de 2012 da categoria.

Entre as principais reivindicações salariais dos educadores, destacam-se o pagamento retroativo do piso nacional de 2011 (15,85%), referente ao período de janeiro a maio, e correção do piso de 2012 (22,22%); pagamento dos contratados na mesma data dos concursados e nos mesmos valores; garantia imediata de 1/3 da carga horária dos professores para atividades extra-classe, de acordo com a lei 11.738/08; promoções horizontais, levando em conta o tempo de serviço e reajuste linear de 68,85% para toda a categoria.

Os trabalhadores ainda pedem melhorias nas condições de trabalho dos profissionais e de estudo dos alunos, a exemplo de reformas e construção de escolas e creches; diminuição do número de estudantes por sala de aula; merenda, fardamento, material didático e transporte escolar, além do fim de perseguições e do assédio moral.

Paralisação de advertência
Revoltados com o descaso do prefeito Antônio Peixoto (PR) e com a falta de empenho dos representantes da Prefeitura em negociar uma solução para os problemas, os trabalhadores da educação paralisaram suas atividades nesta quarta-feira 18 com o objetivo de alertar a administração do município sobre uma provável greve da categoria. "A educação foi abandonada pela Prefeitura. Há escolas com 53 alunos em uma única sala e diretores comprando lâmpadas com o próprio dinheiro. Até escola funcionando em um bar Ceará-Mirim tem.", denuncia José Roberto, diretor do Sinte/RN.

Nem mesmo um dos itens mais básicos da educação pública é garantido aos estudantes do município. Esse ano as aulas começaram sem merenda nas escolas e com os professores sendo obrigados pela Secretaria de Educação a não liberar os alunos mais cedo em função do problema. "Isso é uma afronta aos estudantes. A Prefeitura está obrigando as crianças a permanecerem na escola com fome. Sem falar na péssima infraestrutura dos prédios e nos salários miseráveis que nos pagam. Agora, se os professores entrarem em greve, o prefeito vai nos chamar de insensatos e de irresponsáveis. Mas aí eu pergunto: com a educação pública nessa situação, quem realmente é insensato e irresponsável?", argumenta José Roberto.

Aumento do FUNDEB
A Prefeitura de Ceará-Mirim afirma não dispor de recursos suficientes para atender as necessidades dos profissionais da educação, mas não é o que os números mostram. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) revela que o município vem tendo aumentos nos repasses. Em 2011, Ceará-Mirim recebeu a quantia de R$ 25 milhões para a pasta da educação, quatro milhões a mais do que em 2010, quando o repasse foi de R$ 21,5 milhões. Para o sindicato, o argumento da Prefeitura de que faltam recursos não se sustenta.

Por isso, no próximo dia 26 de abril, às 8 horas, na sede do sindicato, haverá uma assembleia da categoria com o objetivo de decidir os passos seguintes do movimento. A greve não está descartada.

Educadores ao lado da Prefeitura durante paralisação de advertência

Faixas do Sinte de Ceará-Mirim expõe reivindicações

Educação Pública em Ceará-Mirim

ATÉ QUANDO NÓS VAMOS AGUENTAR O DESCASO?

Estamos perto do final do mandato do prefeito Antônio Peixoto (PR) e pouca coisa mudou em Ceará-Mirim. Temos mais reclamações do que elogios. Os problemas são muitos e podemos descrevê-los sem constrangimento, pois a população sofre com eles diariamente e não vê uma solução. Quem busca atendimento na saúde pública sabe que falta tudo. De material para exames a curativos. O lixo continua nas ruas, os trabalhadores da empresa terceirizada REALCE passam necessidade devido ao atraso dos salários e a população enfrenta a falta de água.

Abandono
Na educação, a crise é constante. As escolas iniciaram o ano letivo sem carteiras e sem merenda; turmas do turno noturno foram fechadas, o que fez aumentar os alunos nas outras turmas, chegando ao total de 53 alunos por sala, como é o caso da Escola Municipal Centro Educacional Rural – CERU, na Comunidade de Coqueiros. O Centro de Educação Infantil Maria Alice, na comunidade de Massaranduba, até hoje funciona em um bar, o que já é um absurdo, e ainda em condições precárias.

Em março desse ano, houve uma reunião com os pais, a Secretaria de Educação e o Sinte (Sindicato dos Trabalhadores da Educação) buscando uma solução para os problemas, mas até agora nada foi feito. Ou seja, a Prefeitura tem conhecimento da situação, porém não tomou uma providência para resolvê-la.

Em Massaranduba, como em outros locais, o que ocorre com muita rapidez são as transferências abusivas de funcionários da educação sem que eles possam se defender.

Situação salarial
Outro problema revoltante são os baixos salários dos trabalhadores em educação do município. O salário base de um professor em início de carreira, que é de R$ 890,97, está tão distante do Piso defendido nacionalmente, que mesmo que fosse dado o aumento de 22,22% da Lei Federal, ainda não atingiria os R$ 1.451,00. Entretanto, nem isso o prefeito ofereceu. Segundo ele, a Prefeitura está fazendo um levantamento financeiro.

A situação das verbas da educação é um eterno questionamento. Por mais que aumente, em Ceará-Mirim sempre diminui e nunca é suficiente. Em 2011, houve um repasse de mais de R$ 25 milhões do FUNDEB, mas os professores tiveram apenas um reajuste 6,46%. Já os funcionários dependem somente do salário mínimo, que também é o salário dos contratados. Em nossa cidade não há valorização do profissional em educação. Só nos discursos do prefeito.

Por isso, os trabalhadores da educação decidiram paralisar suas atividades nesta quarta-feira, dia 18. Aguardamos uma audiência com a Prefeitura para discutir a pauta aprovada pelos servidores. Além deste protesto, outras manifestações serão feitas e divulgadas.

Se os educadores de Ceará-Mirim entrarem em greve, como os de Natal e São Gonçalo, com certeza vão estar cheios de motivos. O principal deles será a defesa da educação e a dos que nela trabalham. Contamos com o apoio da população.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Chegou a hora de lutar!

TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO DE CEARÁ-MIRIM APROVAM DIA DE PARALISAÇÃO

Reunidos em assembleia convocada pelo Sinte/RN de Ceará-Mirim, os trabalhadores da educação pública do município aprovaram a realização de uma Paralisação de Advertência para o próximo dia 18 de abril. O encontro dos servidores aconteceu na tarde desta quarta-feira 11, na Escola Adele de Oliveira, e marcou a aprovação da pauta de reivindicações da categoria, que foi debatida na cidade e no interior em estudos por pólos feitos pelo sindicato. O objetivo foi fazer um raio-x da dura realidade vivida pela educação pública de Ceará-Mirim e apontar um conjunto de ações para mobilizar os trabalhadores.

Abaixo, confira os demais encaminhamentos aprovados na assembleia.

(a) Enviar ofício à Prefeitura, no dia seguinte à assembleia, solicitando audiência para o dia 18 de abril (ofício já foi enviado nesta quinta-feira, dia 12);
(b) Realizar Paralisação de Advertência no dia da audiência, em frente à Prefeitura (confirmada para o dia 18);
(c) Promover atos públicos nos bairros, na feira e nas comunidades, com panfletagem. As datas ainda serão definidas e divulgadas no blog do sindicato;
(d) Próxima assembleia no 26 de abril, às 8 horas, na sede do Sinte/RN Regional de Ceará-Mirim, no Centro Comercial Tito, nº1088;
(e) Distribuir panfleto para pais e estudantes avisando da paralisação municipal.

Clique aqui e veja pauta de reivindicações completa.

Direitos

PREFEITURA DE CEARÁ-MIRIM PAGA 1/6 DE FÉRIAS, MAS COMETE ERROS

Finalmente, após várias discussões com a Prefeitura de Ceará-Mirim acerca do direito dos educadores de receber 1/6 sobre as férias, que consta na Lei Municipal 1550, de 09/04/2010, o prefeito Antônio Peixoto (PR) resolveu pagar o benefício aos professores na folha de março. Entretanto, um grande erro ainda foi cometido no pagamento e deixou de fora vários professores que estão exercendo outras funções pedagógicas. Em função deste equívoco, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Ceará-Mirim (Sinte) exige do prefeito o pagamento imediato dos valores de 1/6 de férias aos profissionais que deixaram de receber. A Prefeitura precisa respeitar e cumprir as leis que atendem aos servidores, afinal é nela que a atual administração tanto se fundamenta.

Em São Gonçalo do Amarante...

SERVIDORES DA EDUCAÇÃO E DA SAÚDE APROVAM INDICATIVO DE GREVE

A partir desta sexta-feira, dia 13, os servidores da educação e da saúde públicas de São Gonçalo do Amarante prometem entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na manhã desta terça-feira 10, no Clube dos Correios, quando as duas categorias realizaram assembleias e aprovaram o indicativo de greve. Os servidores municipais da saúde e da educação reivindicam, entre outros pontos, um reajuste salarial de 63,68% para todo o funcionalismo, referente às perdas de 2008 até hoje e respeitando o tempo de carreira dos trabalhadores, previsto nos Planos de Cargos.

Primeiro foram os professores e funcionários das escolas que se reuniram em assembleia convocada pelo Sinte/RN - Núcleo de São Gonçalo, no início da manhã desta terça-feira, às 8 horas. Após uma avaliação sobre os problemas enfrentados na rede pública de educação, a exemplo da falta de condições de trabalho, da péssima infraestrutura das escolas e da defasagem salarial, os educadores decidiram aprovar o indicativo de greve para sexta-feira, dia 13, quando haverá nova assembleia para deflagrar a paralisação.

Depois dos professores e funcionários, foi a vez dos profissionais de saúde realizarem uma assembleia para decidir sobre o indicativo de greve, proposto pelo Núcleo do Sindsaúde/RN. E o resultado não foi diferente. Revoltados com o descaso da Prefeitura, como no caso do descumprimento do Plano de Cargos, da falta de condições de trabalho e dos baixos salários, enfermeiros, técnicos de enfermagem, agentes de saúde, entre outros, resolveram aprovar por unanimidade o indicativo de greve para sexta-feira 13, com início marcado para segunda, dia 16.

Em ambas as categorias, o sentimento dos trabalhadores é de revolta e de unificação das greves contra o desrespeito do prefeito Jaime Calado (PR) em relação aos serviços públicos e aos servidores. Nos dias que antecedem o início do movimento (11 e 12 de abril), os servidores da educação e os profissionais das unidades de saúde estarão em seus respectivos locais de trabalho, trabalhando normalmente e explicando à população as razões da paralisação por tempo indeterminado.

Ainda no dia 13, sexta-feira, às 8 horas, no Clube dos Correios, haverá uma nova assembleia unificada dos servidores da saúde e da educação para aprovar o começo da greve.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Atenção, Educadores!

Greve na Educação Pública

Professores de Natal cruzam os braços por 22,22% de reajuste nos salários

Desde o último dia 30, os professores e professoras da rede pública de ensino de Natal estão em greve. A categoria pede uma correção salarial de 22,22% para todos os educadores de nível médio e de nível superior, e que este percentual, o mesmo do Piso Salarial Nacional, seja aplicado por dentro do Plano de Cargos, respeitando o tempo de carreira dos docentes. Os professores reivindicam também melhores condições de trabalho, a exemplo da conclusão das reformas nas escolas, compra de material didático, regularidade no fornecimento da merenda escolar e redução do número de alunos por sala de aula.

A Prefeitura de Natal, comandada por Micarla de Sousa (PV), tem tratado os educadores e suas reivindicações com indiferença e intransigência. Além de oferecer apenas 10% de reajuste salarial para os professores, dividido em três parcelas, proposta que foi rejeitada pela categoria e motivou a greve, a Prefeitura já anunciou que irá à justiça pedir a ilegalidade da paralisação. “Agora cessou o diálogo. Se sem greve não conseguimos fechar o acordo, imagine com greve.”, chegou a dizer o Secretário de Educação, Walter Fonseca, em entrevista a um dos jornais do Rio Grande do Norte. O município tem 74 escolas e 71 Centros Municipais de Educação Infantil (Cmeis), e o sentimento dos trabalhadores é permanecer com as atividades paralisadas nesses locais até que as reivindicações sejam atendidas.

A Prefeitura de Natal, por meio do Secretário Walter Fonseca, alega que paga salários acima do piso de R$ 1.451 e que, se o município fosse seguir a lei, os professores com 20 horas semanais receberiam apenas R$ 700. Entretanto, para a professora Amanda Gurgel, a Prefeitura está inventando uma interpretação da Lei do Piso Salarial Nacional dos professores. “A lei fala do pagamento do piso para professores com até 40 horas semanais. Isso significa que o novo valor do piso, de R$ 1.451, deve ser o mínimo para todos os professores, independente de sua carga horária. Essa proporcionalidade para as horas trabalhadas não existe. É invenção”, rebate Amanda.

Direção do sindicato não quer a greve
A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (Sinte/RN), ligada à CUT e ao PT, tem assumido uma postura de retrair a greve. O próprio início da paralisação, por exemplo, só foi possível porque os professores decidiram passar por cima da opinião da direção do sindicato, aprovando o movimento em assembleia. A atitude governista do sindicato é tão grande que chegou ao cúmulo de levar a própria assessoria jurídica do sindicato a uma das assembleias para tentar dissuadir a categoria da greve. “Levaram os advogados para dizer que a Prefeitura estava cumprindo a lei e que não haveria razão para fazer greve. Um absurdo. A categoria precisa estar atenta e te muito cuidado, pois, infelizmente, estamos enfrentando dois inimigos. Um está no governo e o outro na direção do nosso sindicato”, alerta a professora Amanda Gurgel.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Corrupção

O senador do bicheiro na corda bamba

Demóstenes Torres se enrola para explicar ligação com Carlinhos Cachoeira

Mais um suposto defensor da ética no Congresso foi pego de calças curtas. Desta vez, o então arauto da honra e dos bons costumes, o senador e ex-procurador Demóstenes Torres (DEM-GO), se vê cada vez mais enrolado. O dirigente dos demos até agora não conseguiu explicar sua estreita relação com o contraventor Carlinhos Cachoeira, famoso bicheiro e operador de uma rede de jogos de azar, preso durante a Operação Monte Carmelo da Polícia Federal.

Diante da avalanche (ou cachoeira) de denúncias que atingem o então ilibado senador, a única resposta tem sido o silêncio. E não é difícil entender a razão. Entre as revelações divulgadas nas últimas semanas constam a geladeira e o fogão importados, ambos no valor de R$ 27 mil, que o contraventor presentou Torres, além do depósito de R$ 3 mil realizado por Cachoeira para pagar uma conta de táxi aéreo do senador. O nó, porém, está no Nextel dado pelo bicheiro a Demóstenes Torres. O rádio habilitado nos EUA seria supostamente à prova de grampo e serviria para as conversas reservadas entre o senador e o bicheiro. Quase 300 ligações, segundo as investigações.

O parlamentar sustenta que teria apenas uma relação de amizade com Cachoeira. No blog do também amigo Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, o senador afirma que "há muita coisa da vida pessoal de um círculo de pessoas, intimidades, conversa do dia-a-dia" para justificar o número de ligações. Detalhes das investigações da Polícia Federal e vazadas para a imprensa, porém, mostram uma relação bem mais "profissional".

O senador, ex-secretário de segurança de Goiás, passaria ao contraventor informações de reuniões internas do Senado. Segundo reportagem da revista Carta Capital, Demóstenes teria direito a 30% dos ganhos do bicheiro nessa parceria. Isso daria a bagatela de R$ 50 milhões nos últimos seis anos. Para a Polícia Federal, não é novidade o envolvimento do senador nos esquemas de jogos ilegais. Demóstenes foi pego em duas investigações contra a contravenção, como a Operação ‘Las Vegas’ e Monte Carmelo.

Um dos aspectos mais estranhos nessa história, típica de um filme da máfia, é a recusa da Procuradoria Geral da República em investigar o senador, já que desde 2009 um inquérito da Polícia Federal já estava na mesa do procurador-geral Roberto Gurgel, dando conta do envolvimento de Demóstenes com o contraventor. Só agora, quando o escândalo vem à tona e não há como fazer diferente, o procurador pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito para investigar o caso.

Quem é Demóstenes?
O então líder do DEM no Senado, Demóstenes Torres, construiu sua carreira política sob a imagem de parlamentar ‘íntegro’ e ‘honesto’. Era um dos principais defensores que o DEM, em sua crise após deixar o Governo Federal, se assumisse mais claramente como uma sigla de direita.

No ano passado, o parlamentar deu uma pequena mostra do que talvez significasse isso. Em um raivoso discurso contra as cotas raciais (o DEM foi à Justiça contra as cotas na UnB), o senador afirmou que a escravidão havia sido ‘lucrativa’ para a África, responsabilizando os negros pela condição em que sofreram por séculos no país. Não contente, Demóstenes foi além e chegou a negar que mulheres negras escravas tivessem sido estupradas. Para ele, foi tudo ‘consensual’.

Embora Demóstenes Torres tenha tentado passar uma imagem de uma direita supostamente moderna e honesta, tendo importantes setores da mídia ao seu lado, não representava mais que a velha direita, machista, racista e elitista do velho PFL. E corrupta, como podemos ver agora.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Nacional

DE QUEM SERÁ A COPA DO MUNDO NO BRASIL?

Os brasileiros sempre foram apaixonados pelo futebol. A Copa em 2014 já desperta enorme expectativa. Mas o Mundial vai beneficiar o povo pobre? Ou vai excluir o povo e encher de lucros os ricaços e políticos corruptos? Infelizmente, está se preparando uma Copa na qual o povo não irá aos estádios. Pior: ela está sendo usada como desculpa para que os pobres fiquem ainda mais pobres e os ricos mais ricos.

A expulsão dos pobres
As cidades brasileiras necessitam de uma reforma urbana para aumentar o número de moradias populares e melhorar os bairros pobres. Para construir 8 milhões de casas populares e acabar com o déficit habitacional, seriam necessários R$ 96 bilhões, menos de 10% do que o governo vai dar para os banqueiros em 2012 (R$ 1,014 trilhão).

Os governos estão fazendo o contrário: expulsando os moradores pobres de suas moradias em regiões centrais, para satisfazer a especulação imobiliária. Isso ocorre em todo o país, e mais ainda nas cidades sedes da Copa. O povo pobre – e negro em sua maioria – está sendo atacado para aumentar o lucro das empresas.

Futebol ou corrupção?
Os ingressos vão ser muito caros e não vai haver meia-entrada para estudantes, desrespeitando as leis brasileiras. Isso significa que só poderemos ver a Copa pela TV, como todas as outras. O governo impediu o controle público das contas das obras, o que vai gerar impunidade total para corruptos e suas obras superfaturadas.

A exploração dos operários
Os estádios estão sendo construídos com operários super-explorados. As construtoras aumentam todo dia os valores cobrados para construir os estádios e pagam uma miséria aos trabalhadores. As empresas impõem um ritmo infernal para garantir os prazos sem contratar mais trabalhadores, o que está gerando muitas e legítimas greves operárias.

Privatização petista
Infelizmente, o governo de Dilma começou a privatização dos aeroportos mais importantes do país. Na campanha eleitoral, o PT atacou o PSDB por suas privatizações, mas agora fez a mesma coisa. Primeiro deixou de investir o necessário na ampliação e modernização dos aeroportos para que os problemas ficassem cada vez maiores, com atrasos e incômodos para os passageiros. Exatamente como fizeram os governos do PSDB com as estatais telefônicas e elétricas, para divulgar a farsa das “estatais ineficientes”. Depois, Dilma entregou os aeroportos, na maior privatização da história dos governos do PT.