segunda-feira, 12 de abril de 2010

Comunicado

FORTALECER A LUTA PARA CONQUISTAR


Depois de vários dias de greve, os trabalhadores em educação avaliaram que não houve avanços nas negociações. Os últimos meses do ano passado e os primeiros deste ano foram muito difíceis, pois ninguém tinha perspectiva de quando o prefeito iria marcar uma audiência com os profissionais da educação. Foi preciso a categoria deflagrar uma greve para a audiência acontecer, e mesmo assim os resultados não foram os esperados por todos nós. Os A.S.G,s (Auxiliar de Serviços Gerais), Técnicos Administrativos e os vigias que fazem parte da educação foram totalmente excluídos, ainda falta uma definição para a insalubridade, melhores condições de trabalho, fardamento e uma política salarial justa. Estes setores parecem que não existir para a Prefeitura.

Já para os professores a Prefeitura não fez nada a não ser cumprir com o novo Plano de Cargos. Não houve reajuste de salários nem nenhum tipo de concessão. A Prefeitura pegou o Salário Base e juntou com a Regência de Classe, fez uma adaptação ao Piso Nacional antigo, no valor de R$ 950,00, adequando à proporcionalidade de acordo com a carga horária, que é de 30h. Assim, para o professor Polivalente 6 (hoje Prof. Base G), que ganhava R$ 797,57 (já incorporado a Regência), foi aplicado o percentual de 3%, passando a ser um salário base de um Professor Leigo ou Polivalente 2 (hoje Prof. Base B), totalizando R$ 821,50 (797,57 + 3% = 821,50). Acima deste valor acrescenta-se 1% do anuênio, além de 5% na Gratificação por Título (o município só reconhece até dois).

Portanto, fica claro que se o Professor recebeu qualquer centavo a mais no seu contra-cheque não foi um reajuste, mas sim uma correção salarial que já tínhamos direito há muitos anos. Isto demonstra que o Prefeito Antônio Peixoto (PR) só cumpre o seu Plano de Carreira. Também devemos acrescentar que, além de pagar ao trabalhador um valor bastante rebaixado, a Prefeitura não aplica o efeito retroativo, uma vez que o plano foi aprovado em Janeiro.

Não temos dúvidas que a nossa luta foi importante para iniciarmos uma negociação com a Prefeitura, porém é necessário que esta luta se fortaleça ainda mais para de fato avançarmos nas propostas. Queremos uma proposta de reajuste para maio e que o valor do piso seja o atual. Necessitamos de um PCCS que não prejudique a nossa carreira, nossos direitos e nem ajude o governo a perseguir os trabalhadores. Por último, mas não menos importante, queremos que a Prefeitura se posicione sobre os diversos outros pontos da pauta que contemplam funcionários e estudantes, com prazos e, ao contrário do ano passado, com a garantia do cumprimento do que for acordado.

Como vemos, ainda temos muito para conquistar e esta luta pode ser feita. No entanto, precisa da adesão de cada um. A situação das escolas mostra qual é a prioridade de Antônio Peixoto e nós não podemos nos calar. É preciso dizer que a greve foi suspensa, mas não estamos satisfeitos e por isso continuaremos buscando atendimento às nossas reivindicações. Estaremos fazendo isto nesta terça-feira, dia 13/04, data em que foi marcada uma audiência. Chamamos todos a paralisarem suas atividades. Esta parada é um protesto contra as condições das escolas estaduais e municipais. Faremos um ato de denúncia e nos concentrando na Prefeitura, a partir das 8 horas, quando aguardaremos que o Prefeito cumpra a sua palavra e atenda aos trabalhadores em educação. TODOS À RUA, ESTA LUTA É NOSSA!

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