SINTE-RN REGIONAL DE CEARÁ-MIRIM SOLTA NOTA AOS SERVIDORES DE IELMO MARINHO E CONVOCA ASSEMBLEIA NO MUNICÍPIO PARA O DIA 29/01
Todo início de ano letivo é montada uma estrutura para a
semana pedagógica. Quem participa pela primeira vez tem a sensação de que a
administração está pensando no bem estar dos trabalhadores em educação. Esse é
o pensamento de quem já trabalha na educação: de que vem coisas novas, novas
metodologias, que os governos irão aumentar os investimentos na educação e que
a valorização profissional dos professores será reconhecida e respeitada mesmo
que os Planos de cargos não sejam tão bons. Mas quando os discursos e as
apresentações começam, aí vem as frustrações principalmente de que conhece a
realidade de nossa educação pública. O que se vê nas explanações são cobranças
e exigências por resultados que agradem investidores internacionais como a
UNICEF e o Banco Mundial. Esse resultado vem através do IDEB, que é feito
anualmente.
Sem investimentos na educação e falta de valorização
profissional, os governos de plantões só têm uma política: pressionar, exigir e
desvalorizar. O resultado desta política é o aumento crescente das doenças
adquiridas pelo profissional educador. No ano de 2012 uma pesquisa realizada
pela Associação dos Professores do Estado de São Paulo (APOESPE) apresenta
dados alarmante de doenças como: depressão, transtorno de ansiedade e pânico,
hipertensão arterial, diabetes, entres outras doenças. Isso sem falar das agressões
diárias, verbais ou físicas, que vêm de estudantes ou de seus familiares
descontentes por qualquer motivo.
É impossível ter orgulho de trabalhar na educação sem
estrutura e valorização profissional. É impossível ficar quieto, quando os
governos (municipal, estadual, federal) não mudam a sua cantoria de que não têm
dinheiro. Mas como justificam a arrecadação recorde de 2013, um valor total de
R$ 1,7 trilhão, fruto de nossos esforços diários para pagar impostos em dia,
com muitos impostos pagos na fonte sem que possamos questionar se ele é certo
ou errado. Com o valor arrecadado nacionalmente no ano passado, não se
justifica dizer que tudo está falido, como é o caos da educação, saúde e
segurança. Está claro que o descaso e a alegação de falta de dinheiro é só
enrolação.
Aqui em Ielmo Marinho, a política implantada pelo prefeito e
sua equipe é de descaso e abandono, os trabalhadores em educação continuam
sendo deixados de lado quanto aos direitos conquistados ao longo da história.
Durante os 8 anos de sua administração, o prefeito Germano Patriota governou o
município com atitude de um ditador, que não aceitava contrariedade, abria
facilmente inquéritos administrativos por qualquer motivo e até demissão por
pura vaidade, isso juntamente com o secretário e eterno vereador José Roberto
Dias. No ano passado, o Sinte-RN, Regional de Ceará-Mirim, procurou o prefeito
Bruno Patriota (PSD), que atualmente administra através de uma liminar da
justiça, para discutir uma pauta de reivindicação, mas a metodologia do governo
atual é a mesma de Germano Patriota: empurrar com a barriga os problemas da
educação e não dar a mínima para os direitos dos trabalhadores em educação.
Está claro que a administração só mudou o nome, porque os métodos são os
mesmos: ataque, desrespeito e abandono.
Diante da reflexão acima, neste ano de 2014 temos que mudar
nosso entendimento e lutar contra aquelas que insistem em querer nos destruir.
Para isso, vamos buscar na luta a nossa pauta de reivindicação.
Pontos que requerem resposta do prefeito Bruno Patriota:
1. Por que os A.S.Gs e Merendeiras não têm direito a
insalubridades e Plano de Carreira?
2. Por que não é construído refeitórios para os estudantes,
que continuam merendando no chão?
3. Por que o PCCS dos professores não é respeitado, no que
se refere a promoção horizontal, piso nacional, 1/3 da jornada e 1/6 sobre
férias?
4. Por que o município não tem quadras esportivas nas
escolas para que os estudantes possam ter a prática de educação física na
sobra?
5. Por que a frota de ônibus não aumenta para diminuir a
superlotação dos transportes que levam a população junto aos estudantes e
professores e demais funcionários?
6. Por que não é aplicada a gestão democrática nas escolas
(eleição direta), tendo em vista os desmandos, as truculências e os assédios
morais cometidos por vários diretores que se acham donos das escolas?
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