Neste dia 29 de maio, os trabalhadores em todo pais vão parar. A mobilização acontece para denunciar a situação precária e a retirada de direitos enfrentados no dia a dia pelos trabalhadores brasileiros.
No dia 22 (sexta-feira) o país acompanhou, pela mídia, o Governo Federal autorizar um corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento de 2015. Em termos nominais, foi o maior corte de recursos da história do Brasil. A informação consta no decreto de programação orçamentaria de 2015. Segundo o Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa “o bloqueio no orçamento é o primeiro passo necessário” para a recuperação do crescimento de modo sustentável.
Os trabalhadores sabem que esta atitude da Presidenta Dilma Rouseff (PT) e de seus aliados políticos em bloquear os investimentos no setor social, tem um só objetivo: pagar a maldita dívida pública que no final do segundo semestre de 2014 estava no valor de R$ 2,18 trilhões (dados da Secretaria do Tesouro Nacional).
No ministério da Educação, por sua vez, o aumento do corte no orçamento foi de R$ 9,42 bilhões, o terceiro maior desses cortes. O valor aprovado no inicio deste ano pelo Legislativo era de R$ 48,81 bilhões para investimento, agora recua para R$ 39,38 bilhões, uma limitação de 19,3%. A educação só perde para o Ministério da Saúde, R$ 11.774 bilhões, e o Ministério das Cidades com 17.232 bilhões. Achando pouco, a declaração do Fundo Monetário Internacional – FMI ainda defende mais cortes nos investimento na educação, nos salários, nas pensões e ainda, mais demissão aos trabalhadores.
Mais uma vez o Governo Federal joga os efeitos da crise econômica nos ombros dos trabalhadores e do povo que precisa dos serviços públicos. A consequência disso é que a escola do Brasil se manterá em estado de penúria – estudos com base nas estatísticas oficiais revelam que menos de 1% delas possuem infraestrutura e equipamentos completos, tais como bibliotecas, laboratórios de informática e ciências, acesso à internet, salas de aula com retroprojetores, quadras esportivas etc.. Em todo país, governadores e prefeitos descumprem a Lei do Piso Nacional, não repassam os reajustes previstos por lei ao salário dos trabalhadores. O que tem provocado muitas lutas, com as recentes greves em São Paulo, Pernambuco, Paraná e também em muitos municípios país afora, inclusive no Rio Grande do Norte.
Os ataques do governo Dilma e do Congresso Nacional, não se restringe à educação, mas ao conjunto da classe trabalhadora brasileira. Estamos presenciando direitos históricos serem retirados, a exemplo das Medidas Provisórias (MPs) 664 e 665 que dificultam o acesso à direitos como Seguro Desemprego, Pensão por Morte, PIS etc.. Situação agravada pela aprovação do Projeto de Lei (PL) 4330 na Câmara dos Deputados, que amplia a terceirização, diminui salários e retira direitos historicamente conquistados com muita luta.
Por isso, o momento exige que organizemos a resistência ao aumento dos ataques que estão sendo feitos a cada dia aos nossos direitos. Não podemos aceitar que o governo penalize quem vive do trabalho e presenteie os ricos com mais regalias e privilégios. Precisamos criar as condições, conscientizando cada trabalhador e trabalhadora desse país, paralisar nossos trabalhos e realizar uma greve Geral para derrotar a política econômica de Dilma e Joaquim Levi (Ministro da Fazenda), do governo estadual de Robson Faria (PSD) e municipal de Peixoto (PR). A Paralisação Nacional ocorrida no dia 30 de abril já demostrou que temos muita força.
Participe do Ato Público às 8h30 na Praça do Mercado!
Nenhum comentário:
Postar um comentário