terça-feira, 20 de setembro de 2011

Educação Pública

PROFESSORES E ALUNOS PROTESTAM CONTRA ATRASO NA REFORMA DA ESCOLA MONSENHOR CELSO CICCO

Uma das principais ruas do município de Ceará-Mirim/RN amanheceu um pouco diferente nesta terça-feira, dia 20. Em frente à Escola Estadual Monsenhor Celso Cicco, dezenas de alunos e professores protestaram contra o atraso nas obras de reforma da escola. Com faixas, cartazes e um carro de som, os manifestantes fecharam a Av. Enéas Cavalcante e realizaram uma panfletagem para denunciar o descaso que vem ocorrendo com a educação pública no Estado, em especial com Escola Monsenhor Celso Cicco. Em seguida, professores e alunos seguiram em passeata até o Fórum de Ceará-Mirim, onde ocorreu uma audiência entre a direção da escola, representantes da Secretaria Estadual de Educação e a Promotoria do município.

No dia 5 de abril deste ano, a Escola Estadual Monsenhor Celso Cicco teve suas atividades suspensas depois que um laudo do Corpo de Bombeiros constatou que a estrutura física da escola estava comprometida e que o prédio precisava
de uma reforma urgente. Para se ter uma ideia da situação, os bombeiros constataram que o teto das salas de aula ameaçava desabar e boa parte da instalação elétrica estava exposta, oferecendo risco de incêndio. Em um dos banheiros da escola, inclusive, ninguém podia tocar as paredes sem receber choques elétricos.

Na época, a comunidade escolar, formada por pais, professores, funcionários e a direção da escola, assumiu o compromisso de dar continuidade às atividades escolares nas dependências da Central do Trabalhador, enquanto o governo do estado cuidava da reforma. Segundo a direção da Escola Monsenhor Celso Cicco, a Secretaria Estad
ual de Educação pediu um prazo de 90 dias para realizar os reparos necessários na estrutura do prédio. Mas já se passaram mais de 150 dias e apenas o projeto da reforma foi feito. "O processo de licitação sequer começou.", informou Maria José dos Santos, diretora do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Ceará-Mirim (Sinte) e professora da escola.

Em nota distribuída à população, alunos e professores relataram as condições precárias do local onde a escola está funcionando temporariamente. "No atual local de funcionamento, nos encontramos em situações precárias, sem espaço adequado para o desenvolvimento das atividades pedagógicas, comprometendo assim o su
cesso nos processos de ensino e aprendizagem.", diz trecho da nota. Os manifestantes também animaram o protesto com uma paródia de um conhecido funk. "Parapa pa pa pa pa pa pa pa. Estamos todos juntos pra protestar. Queremos nossa escola de volta já. Se não nos entregarem eu vou protestar. Então desse jeito eu vou falar. Queremos nossa escola de volta já.", cantavam todos.

Depois do protesto, uma comissão composta por uma mãe de aluno, um estudante e a direção da escola
foi recebida pelo promotor Ivanaldo Soares. A comissão entregou uma carta escrita pelos próprios alunos pedindo a interferência da Promotoria na tentativa de agilizar o processo de reforma da Escola Monsenhor Celso Cicco. O promotor afirmou que irá analisar o documento entregue, mas não garantiu nenhum tipo de ação.

O Sindicato da Educação promete não parar as manifestações até que se iniciem as obras de reforma. "Se for preciso, sairemos daqui de Ceará-Miri
m para protestar até na Secretaria de Educação. A responsabilidade pelo abandono da escola é principalmente da governadora Rosalba.", disse Ana Célia, diretora do Sinte e professora da Escola Monsenhor Celso Cicco.






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