domingo, 9 de agosto de 2015

A comunidade de Primavera quer ter orgulho de sua escola

O telhado em péssimo estado deixa entrar goteiras, chão e paredes, além de rachar as estruturas da escola.

Durante a greve de 2014, o prefeito Antônio Peixoto (PR) visitou a Escola Municipal Manoel Pereira dos Santos, na comunidade de Primavera, e presenciou uma situação precária. Passado um ano de sua visita, houve algumas mudanças, porém, em relação à estrutura do prédio e as condições de trabalho, estas só pioraram: telhas quebradas ou afastadas, que permitem goteiras, as calhas estão enferrujadas, molhando as paredes e o chão; as crianças escorregam e muitas vezes caem; há banheiro onde a descarga não funciona, paredes rachadas e cheias de cupim, principalmente no telhado; as salas de aula só tem um ventilador de coluna que não resolve o problema do calor; a sala de aula do ensino infantil funciona com 3º e 4º níveis juntos; o primeiro ano funciona com 32 alunos para alfabetizar e, neste caso, por mais que os professores se dediquem, o resultado não vai ser o esperado, porque não depende só dele, mas das condições do ambiente, que nesse caso são péssimas. Com certeza, nem o Prefeito nem seus secretários ou assessores colocariam seus filhos para estudar nessas condições. Esta é a escola dos filhos dos trabalhadores. 

Neste ano de 2015 a escola não recebeu recursos do PDE e PDDE e devido a falta desse dinheiro não dispõe de máquina Xerox e nem pode consertar a que está quebrada; como a Secretaria de Educação não ajuda, a solução está sendo cada professor pagar de seu próprio bolso para tirar cópias de R$ 0,20 cada uma. Imagine quanto vai custar cada professor tirando cópias para 32 alunos! E ainda por cima tem aqueles que por serem contratados não tem nenhuma condição para isso, pois só recebem atrasado e apenas um salário mínimo. Na verdade isso não deveria acontecer, ainda que os professores tivessem todas as condições, porque a responsabilidade com os materiais e a manutenção da escola é da Prefeitura. 

A SOLUCÃO PARA A ESCOLA MANOEL PEREIRA É A REFORMA URGENTE

Além dos problemas descritos, a escola não dispõe de espaço para uma biblioteca, sala de leitura ou multimídia; falta sala para os professores e um local para guardar o material do Programa Mais Educação. Por fim, a acessibilidade para os alunos que tem limitação de locomoção é algo que não existe.

Em conversa com o Sinte/RN de Ceará-Mirim, a secretária de Educação, Ângela Aquino, disse que pela primeira vez há recursos para reformar ou ampliar algumas escolas, mas o problema está na licitação das empresas para começar a fazer os serviços necessários e que não dependia exclusivamente dela e sim de outras secretarias para solucionar o problema. É muito difícil ouvir isso, embora não seja novidade, pois esse é o tratamento que a administração de Antônio Peixoto dá a nossa educação. Desde o seu primeiro mandato que esperamos por reformas em muitas escolas e ainda não aconteceu. Onde a reforma começou, ainda não foi concluída como é o caso das escolas Felipe Camarão em Raposa, Gonçalo Marcelino em Oitizeiro e Gonçalo Teixeira em Lagoa Grande. Nestas, inclusive, as reformas só ocorreram porque o Sindicato da Educação, junto com a comunidade, cobrou do prefeito uma atitude, coisa que também queremos que ocorra na escola da comunidade de Primavera. Que ela seja ampliada e reformada e suas obras concluídas, para que possamos oferecer aos alunos uma escola mais digna e acolhedora. Não dá mais para esperar pela boa vontade do prefeito ou secretário. 

Diante de tudo isso a solução é reivindicar do prefeito uma ação imediata para reformar a escola de Primavera, para que a população daquela comunidade passe a ter orgulho de sua escola e da educação de seus filhos. Somente assim poderemos afirmar não apenas neste ano de 2015, quando Ceará-Mirim completa 157 anos, mas em todos os outros, que temos o que comemorar. uma administração municipal voltada para as verdadeiras necessidades do município e de quem nele vive e trabalha.

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