quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ceará-Mirim

Prefeito Antônio Peixoto segue desrespeitando trabalhadores da educação

A prefeitura de Ceará-Mirim segue dando sucessivos golpes nos trabalhadores da educação, ao desmarcar todas as audiências para debater o reajuste salarial com o sindicato da categoria. Primeiro desmarcou a do dia 16 de junho; depois cancelou a reunião do dia 23 e, agora, suspendeu a de 6 de julho. Em quase todas, as justificativas foram sempre as mesmas. Em geral, o prefeito Antônio Peixoto (PR) alega desconhecimento da pauta ou atraso no levantamento financeiro das contas do município.

Entretanto, a última audiência, marcada para 6 de julho, foi cancelada porque o prefeito preferiu ir a outra reunião. No caso, com o governador Iberê Ferreira (PSB). De acordo com um secretário de Antônio Peixoto, o prefeito estava esperando por esse encontro há muito tempo e não poderia perder a oportunidade. Enquanto isso, os compromissos com os trabalhadores ficam em segundo plano, terceiro até. "Mais uma vez o prefeito adia a audiência com o objetivo de ganhar tempo para não discutir o tema, para não dar o reajuste salarial de nossa categoria.", afirma Zé Roberto, diretor do Sinte Ceará-Mirim.

Não bastasse a falta de compromisso com as audiências, a prefeitura também deixou de cumprir vários prazos antes acordados. “O prefeito não concluiu a atualização das letras nem apresentou o calendário com os outros encaminhamentos sobre questões salariais. Enquanto isso, a Secretaria de Educação ensaia explicações para a Promotoria que não explicam nada. São documentos errados, justificativas que já foram dadas e a Promotoria continua pressionando os trabalhadores em educação pelo pagamento das aulas, inclusive desrespeitando a deliberação de nossa assembleia. Junto com a Secretaria reduziu o recesso do meio do ano.”, denuncia Ana Célia Siqueira, do Sinte Ceará-Mirim.

Assédio Moral

Nas escolas, salvo raras exceções, os diretores se transformaram em verdadeiros tiranos. Chovem denúncias de perseguição a professores e funcionários. Alguns diretores chegaram ao ponto de desrespeitar e maltratar publicamente funcionários, repreendendo-os por qualquer atividade coisa ou tentando impedir que sejam cumpridas as decisões das assembléias.

“Em uma escola da cidade, a diretora fica em cima dos trabalhadores, cobrando-os a tal ponto que o ambiente se tornou irrespirável. A maioria das situações aponta para casos de assédio moral.”, diz Ana Célia. “Esta diretora, bem como os outros diretores que oprimem seus colegas, se quer mostrar competência, deveria utilizar sua energia para exigir do Prefeito Peixoto agilidade nas soluções dos problemas do fardamento, da reforma, da melhoria da merenda.”, completa a diretora do Sinte.

De acordo com as denúncias ouvidas, as escolas que mais registram casos de assédio moral são o Centro Infantil Rafael Sobral, no centro de Ceará-Mirim; Escola Sotero Arruda Fialho, no Distrito de Caiana e a Escola Maria de Lourdes Oliveira, em Gravatá. Para a direção do sindicato, o primeiro passo no combate a estas posturas de assédio moral é o processo de eleição direta para diretores de escolas, que por sinal está previsto no Plano de Cargos e Carreira da categoria. A não ser que o prefeito Antônio Peixoto e sua equipe entendam gestão democrática de outra forma.

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