domingo, 6 de fevereiro de 2011

Deu na Imprensa

Contratações não zeram déficit

Apesar da Secretaria de Educação do Estado (Seec) ter lançado mão de recursos emergenciais para contratação de 1.032 professores temporários para o início deste ano letivo, que começa em dez dias, a medida ainda está longe de sanar os problemas com a falta de profissionais em sala de aula. Em 2010, a ausência de professores em diversas disciplinas, principalmente nas de cálculo, prejudicou o rendimento escolar de milhares de alunos na maioria das escolas do Rio Grande do Norte. A carência de professor leva em conta também a quantidade de profissionais que estão em processo de aposentadoria e aqueles que ainda vão dar entrada na documentação este ano. Até o final do ano passado, o número chegava a cerca de 1.300, aumentando o déficit para cerca de 3 mil professores a menos nas salas de aula.

A realização do concurso público para contratação de 3.667 vagas, já anunciado pela Seec, mas ainda sem data para o lançamento do edital, é o que viria, realmente, resolver o problema. De acordo com Pedro Guedes, do setor de Recursos Humanos da Seec, um ofício foi enviado à secretaria de Estado de Administração e Recursos Humanos e o processo já está na fase de seleção de uma empresa organizadora.

Segundo ele, a carência maior de professores são os das disciplinas de Matemática, Física, Química, Inglês e Biologia.

Faltam profissionais
Para agravar o problema, faltam profissionais no mercado principalmente para disciplinas de cálculo como matemática, física e química. Em algumas escolas do RN faltam professores para praticamente todas elas. Segundo relato de Pedro Guedes, o problema é evidente em boa parte dos municípios do estado, agravando-se mais nas regiões do Mato Grande e do Alto-Oeste, devido à falta de ensino superior para essas áreas.

No último concurso, dos 167 municípios do Rio Grande do Norte, 122 não conseguiram aprovar nenhum professor para ministrar a disciplina de química. A disciplina de física também não aprovou ninguém em 82 municípios e, ainda, em 38 municípios não houve aprovações em matemática e biologia. Na opinião de Pedro Guedes, uma das razões do problema está nas próprias instituições de ensino superior que ainda não interiorizaram suas atividades e oferecem poucas vagas para as licenciaturas de cálculo. Numa turma de 30 alunos de química que entram numa universidade, por exemplo, menos da metade consegue terminar o curso.

NÚMEROS
Quadro do magistério: 21 mil
Convocação de temporários: 1032
Déficit de professores: 1.500
Previsão de aposentadorias: 1.300
Concurso programado para este ano: 3.667 vagas

No último concurso:
122 municípios não aprovaram professores de química;
82 municípios não aprovaram para física;
38 não aprovaram para matemática;
38 não aprovaram para biologia.

Fonte: Diário de Natal - 06/02/2011

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