terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Movimento

COMEÇOU 2011... COMEÇOU A TEMPORADA DE LUTAS!

O ano de 2011 começou com um acontecimento que vem chamando a atenção do mundo. Desde o dia 25 de janeiro, o Egito está realizando gigantescos protestos contra a ditadura que governa o país há 30 anos. As manifestações aconteceram uma atrás da outra após a queda de um governo autoritário na Tunísia e também se espalharam pela Argélia, Jordânia e Iêmem. Dois terços dos 80 milhões de egípcios têm menos de 30 anos e essa grande juventude está mostrando sua força nas lutas que crescem todos os dias. Segurando cartazes com a foto do jovem Khaled Said, que foi brutalmente torturado e assassinado pela ditadura, milhões de manifestantes mostram que o Egito não aceitará mais o governo de Hosni Mubarak. Uma grande lição do povo egípcio para todos os trabalhadores do mundo.

Já no Brasil o ano começou com centenas de mortos na tragédia das chuvas. Como em outros janeiros, governantes culpam a natureza e, mais uma vez, os jornais revelam que eles deixaram de usar verbas destinadas para a prevenção de enchentes. Governadores e prefeitos tentam culpar os trabalhadores que vivem em áreas de risco. Como se alguém escolhesse arriscar a vida. Os mesmos que culpam os trabalhadores aprovaram um salário mínimo de R$ 540, que não repõe nem mesmo a inflação.

A vida real, que é a dos trabalhadores, começou o ano com tragédias, que se somaram ao aumento dos preços do feijão, da carne e dos transportes. Enquanto isso, deputados e senadores ainda comemoram os seus novos salários que eles mesmos aumentaram para quase R$ 27 mil. É preciso denunciar os verdadeiros culpados pela tragédia das chuvas e exigir medidas imediatas para resolver o problema dos atingidos. Além disso, nós, trabalhadores, temos que lutar para que o salário mínimo dobre, com o mesmo reajuste de 134% que os deputados deram à presidente Dilma.

Estado e Município
No RN, os estragos deixados pelo governo Iberê e os efeitos da crise econômica serão despejados no bolso do trabalhador. A governadora Rosalba Ciarlini (DEM) prepara os prejuízos nas contas do estado para serem depositados nas costas dos servidores e da população. Rosalba já começou o ano desrespeitando os direitos do funcionalismo público. Os servidores estaduais da saúde e da educação que tiraram férias, por exemplo, não têm previsão para receber o terço de férias. O governo atual já está mostrando que será tão igual quanto o anterior.


Em Ceará-Mirim, o prefeito Antônio Peixoto (PR) já informou ao Sindicato da Educação (Sinte) que o dinheiro continua pouco e comenta que a diminuição da receita não dá previsões de boas notícias. Os trabalhadores da educação não têm motivos para estarem satisfeitos com esta administração. Além de não ter atendido a nenhuma das reivindicações da categoria, como foi o caso do reajuste salarial, o prefeito ainda fez descontos nos salários dos professores que fizeram greve no ano passado.

O lixo continua nas ruas, os esgotos e as vias públicas esburacadas ainda são os cenários da cidade. A reclamação pela falta de saúde é uma constante na vida da população que procura atendimento. Essa tem sido a política do prefeito Peixoto para Ceará-Mirim. Como se não bastasse isso, aqueles que se levantam para lutar por melhores condições de vida e trabalho são punidos pela Prefeitura, a exemplo dos servidores da educação.

Mas temos certeza de que os trabalhadores deste município não irão se intimidar com os ataques do prefeito. O povo do Egito está nos mostrando como devemos fazer para conquistar nossos direitos e garantir emprego, salário, saúde e educação.

É preciso lutar nas ruas e mostrar que não vamos aceitar pagar pelos prejuízos das empresas e bancos. Por isso, a Regional do Sinte de Ceará-Mirim convoca todos os servidores da educação a iniciarem as mobilizações em defesa dos nossos salários e direitos.

Começou 2011... começou a temporada de lutas!

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