quarta-feira, 30 de maio de 2012

Em Ceará-Mirim...

PREFEITO PEIXOTO IGNORA A EDUCAÇÃO

Desde o último dia 16 de maio, os trabalhadores em educação da rede municipal de Ceará-Mirim estão em greve por melhores condições de trabalho, salários e democracia nas escolas. Mas até agora o prefeito Antônio Peixoto (PR) não deu importância ao caos na educação do município. É preciso lembrar que a situação de abandono estava bem pior antes da greve.

Em todas as escolas, não havia merenda, água, nem material didático (inclusive nos centros de educação infantil), motoristas que transportam professores e estudantes não tinham recebido pagamento e os professores contratados e funcionários da empresa Realce continuavam sem salários. Sem falar na falta de pagamento do Piso Nacional e do adicional de insalubridade dos ASG’s.

Com o início da greve dos educadores, a Prefeitura e a Secretaria de Educação resolveram providenciar a compra da merenda escolar, mas a quantidade não foi suficiente. Segundo informações das comunidades, há escolas que só receberam feijão, arroz e soja. Os motoristas do transporte tiveram apenas um mês de trabalho pago, e não sabem quando virá o restante. Já os professores contratados seguem sem receber salário, já que o prefeito e os vereadores continuam com o jogo de empurra-empurra, sem ninguém assumir a responsabilidade. Enquanto isso, famílias são prejudicadas, trabalhadores vivem sem salário e a Prefeitura tenta convencer a população de que está tudo bem com a educação, de que o sindicato mente.

Na última quarta-feira, dia 23, o prefeito Antônio Peixoto recebeu a comissão de negociação do Sinte/RN de Ceará-Mirim e discutiu poucos pontos da pauta de reivindicações da categoria. Apresentou uma proposta de correção salarial que contempla apenas uma pequena parte dos educadores, e para a maioria dos trabalhadores com nível superior propôs menos de que os que têm curso de magistério. O prejuízo salarial é grande e a Prefeitura só argumenta falta de recursos financeiros, mas não explica como gasta os mais de R$ 2,2 milhões mensais em média dos recursos do FUNDEB.

Uma nova audiência foi marcada para esta quarta-feira, dia 30. Mas não aconteceu porque o prefeito alegou problemas particulares para resolver. A audiência foi remarcada para a próxima quarta-feira, dia 6 de junho, mostrando a falta de interesse com a educação.

O que falta de compromisso da Prefeitura com a educação do município sobra em repressão nas escolas contra os profissionais em estágio probatório e contratados para não aderirem à greve. Os casos mais graves ocorrem no Centro Infantil Rafael Fernandes Sobral e no Centro Infantil Menino Jesus, onde as diretoras atuam como verdadeiros agentes da repressão, intimidando os trabalhadores em educação que participam da greve. Sem falar nos telefonemas da Secretaria de Educação tentando intimidar com aplicação de faltas, descontos e até mesmo ameaçando demitir os profissionais em estágio probatório.

Não podemos aceitar essas atitudes dentro das escolas, principalmente de gestores que não são do quadro do município. É preciso responder nas ruas a todos esses ataques da Prefeitura, de forma unificada e com a participação dos pais, alunos e todos os trabalhadores em educação. O Sinte convida todos a estarem presentes na próxima quarta-feira, dia 6 de junho, às 9 horas, ao lado da Prefeitura Municipal.

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