Cadê o dinheiro, prefeito?!

CEARÁ-MIRIM RECEBEU R$ 88 MILHÕES DO FUNDEB, MAS PREFEITURA DIZ QUE NÃO TEM DINHEIRO PARA PAGAR 13º SALÁRIO DOS EDUCADORES

O prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto (PR), realmente não sabe o significado da palavra ‘compromisso’. Aliás, talvez até saiba. A questão é: com quem é esse compromisso? Certamente, não é com os trabalhadores, já que o prefeito também desconhece as palavras ‘direito’ e ‘obrigação’. Por lei, até o dia 20 de dezembro do ano passado, o prefeito Peixoto deveria ter pago o valor integral do 13º salário dos servidores da educação pública do município. Mas não pagou. Neste mesmo dia 20, os educadores receberam apenas uma parte do décimo.

Ao procurarem explicações junto à Prefeitura, os trabalhadores foram informados de que houve um erro de cálculo e que a diferença seria paga com o salário de dezembro. Novamente, não foi o que aconteceu. O pagamento do último mês de 2012 foi feito com atraso no dia 4 de janeiro de 2013, mas ainda assim sem o restante do décimo terceiro. Agora, segundo informações da Secretaria de Finanças de Ceará-Mirim, a data para quitar o que falta do 13º salário é o dia 20 de janeiro. 

Definitivamente, o prefeito Antônio Peixoto não sabe o que é cumprir uma obrigação com os trabalhadores, muito menos quando se trata de garantir os direitos mais básicos. Na Prefeitura, o que se diz é que faltou dinheiro para honrar os salários dos servidores. Muito estranho. Não é o que mostram os dados do FUNDEB (Fundo de Manutenção da Educação Básica). De 2009 até novembro de 2012, Ceará-Mirim recebeu R$ 88,8 milhões do FUNDEB. Fica a pergunta: para onde foi esse dinheiro, prefeito? 

Os salários dos profissionais da educação saem de uma verba específica do FUNDEB (60% do valor). Por isso, é tão estranho ouvir da Prefeitura que não há dinheiro para pagar o restante do 13º salário, principalmente porque o prefeito não presta contas dos recursos da educação. Com certeza, esse será outro ano difícil para aqueles que realmente se preocupam com as escolas de Ceará-Mirim. 

Para a direção do Sinte/RN, é hora de começar a arregaçar as mangas para enfrentar todo o descaso do prefeito. As mobilizações começam em fevereiro.