Entenda o caso na matéria a seguir, publicada na quinta-feira (11) no site da CSP-Conlutas:
APESAR DE DESONERAÇÃO, CUSTO DA CESTA BÁSICA AUMENTOU
Uma pesquisa de preços feita pelo Departamento Intersindical
de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 18 capitais brasileiras
mostrou que em 16 delas o preço dos alimentos sofreu elevação no mês de março.
O anúncio da alta da cesta básica acontece um mês após a
Presidente Dilma conceder um pacote de desoneração de impostos a 18 itens de
consumo básico. Dentre eles, apenas os preços da carne, manteiga, café, açúcar
e óleo de cozinha caíram, na maioria das cidades pesquisadas pelo Dieese.
Contudo, segundo economistas, as quedas não chegam nem à metade do que deveria
ser caso o repasse fosse integral.
A alta, entretanto, afeta outros itens da cesta, que já não
pagavam impostos. É o caso do feijão e do tomate, cujas altas anularam a
pequena queda de preço dos produtos desonerados.
A cesta mais cara do país continuou sendo a de São Paulo,
com o valor de R$ 336,26, sendo 2,96% maior que o custo de feveireiro e 23,06%
do valor de um ano atrás.
A mais barata foi a de Aracaju, onde se paga R$ 245,94 pela
cesta, valor 3,16% maior em relação a fevereiro.
As únicas capitais onde a cesta ficou mais barata foi
Florianópolis, no valor de R$ 307,37, com queda de 2,25% e Natal, ao custo de
R$ 279,24, uma queda de 1,42%.
Inflação é maior para quem ganha menos
Para trabalhadores que ganham até 2,5 salários mínimos, o
peso da inflação dos alimentos é ainda maior. Isso acontece porque os preços
dos alimentos adquiridos pelos consumidores com renda mais baixa dispararam.
Em 12 meses, a inflação de alimentos e bebidas medida pela
Fundação Getúlio Vargas foi de 8,1% para famílias com renda mensal de até R$
830. No mesmo período, a inflação de alimentos e bebidas para famílias com
renda superior a R$ 10.375 acumulou 6,6%.
“A alta da inflação volta a afetar os trabalhadores. Ao
invés de conceder desoneração de impostos aos patrões, a presidente Dilma
precisa tomar medidas que beneficiem de fato os trabalhadores, que são cada vez
mais prejudicados pela alta dos preços”, avalia o diretor do Sindicato Edson
Alves da Cruz.
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