sábado, 13 de abril de 2013

Aumento no preço da cesta básica

Está difícil viver com salário de professor? Pois as coisas prometem ficar ainda mais difíceis para nós, trabalhadores, com o aumento no preço da cesta básica.

Entenda o caso na matéria a seguir, publicada na quinta-feira (11) no site da CSP-Conlutas:



APESAR DE DESONERAÇÃO, CUSTO DA CESTA BÁSICA AUMENTOU

Uma pesquisa de preços feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em 18 capitais brasileiras mostrou que em 16 delas o preço dos alimentos sofreu elevação no mês de março.

O anúncio da alta da cesta básica acontece um mês após a Presidente Dilma conceder um pacote de desoneração de impostos a 18 itens de consumo básico. Dentre eles, apenas os preços da carne, manteiga, café, açúcar e óleo de cozinha caíram, na maioria das cidades pesquisadas pelo Dieese. Contudo, segundo economistas, as quedas não chegam nem à metade do que deveria ser caso o repasse fosse integral.

A alta, entretanto, afeta outros itens da cesta, que já não pagavam impostos. É o caso do feijão e do tomate, cujas altas anularam a pequena queda de preço dos produtos desonerados.

A cesta mais cara do país continuou sendo a de São Paulo, com o valor de R$ 336,26, sendo 2,96% maior que o custo de feveireiro e 23,06% do valor de um ano atrás.

A mais barata foi a de Aracaju, onde se paga R$ 245,94 pela cesta, valor 3,16% maior em relação a fevereiro.

As únicas capitais onde a cesta ficou mais barata foi Florianópolis, no valor de R$ 307,37, com queda de 2,25% e Natal, ao custo de R$ 279,24, uma queda de 1,42%.

Inflação é maior para quem ganha menos

Para trabalhadores que ganham até 2,5 salários mínimos, o peso da inflação dos alimentos é ainda maior. Isso acontece porque os preços dos alimentos adquiridos pelos consumidores com renda mais baixa dispararam.

Em 12 meses, a inflação de alimentos e bebidas medida pela Fundação Getúlio Vargas foi de 8,1% para famílias com renda mensal de até R$ 830. No mesmo período, a inflação de alimentos e bebidas para famílias com renda superior a R$ 10.375 acumulou 6,6%.

“A alta da inflação volta a afetar os trabalhadores. Ao invés de conceder desoneração de impostos aos patrões, a presidente Dilma precisa tomar medidas que beneficiem de fato os trabalhadores, que são cada vez mais prejudicados pela alta dos preços”, avalia o diretor do Sindicato Edson Alves da Cruz.


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