quarta-feira, 10 de março de 2010

8 de março

DO SINTE PARA AS MULHERES


O Sindicato dos Trabalhadores em Educação gostaria de utilizar este espaço para parabenizar a todas as mulheres trabalhadoras e estudantes de nossa cidade pela passagem do 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Para além das homenagens feitas pelo comércio, que se aproveita da data como de todas as outras para faturar mais, dos discursos de governos que pouco ou nada fazem para diminuir a exploração da classe trabalhadora e, por conseqüência a superexploração da mulher, esta data deve ser lembrada pela luta que representa desde o seu início.


Além de exaltar a beleza, a força e a sensibilidade deve-se reconhecer o seu papel na história, ao lado dos homens e sua importância ao lado dos demais trabalhadores contra a opressão e exploração capitalista.Abaixo um texto que oferece alguns elementos para as nossa reflexões nesta data. Parabéns a todas as mulheres e em especial, às trabalhadoras em educação.

Ana Célia Siqueira, coordenadora do Sinte/RN Regional de Ceará-Mirim



Mulheres Trabalhadoras,

Cem anos atrás, em 1910, a II Conferência Internacional de Mulheres Trabalhadoras, realizada na Dinamarca, instituiu o dia 8 de março, como Dia Internacional de Luta. Desde então, muito se conquistou. Mas, para nós, mulheres da classe trabalhadora, há muito que se avançar. Continuamos lutando contra o machismo e a exploração, rumo ao socialismo.


A situação atual da mulher trabalhadora - A crise econômica internacional, ainda em curso, traz inúmeras conseqüências às mulheres trabalhadoras. O aumento dos serviços precarizados, o desemprego, a dupla-tripla jornada de trabalho. Além disso, o crescimento da violência doméstica, do assédio moral e sexual, a falta de assistência às trabalhadoras, entre outros, demonstram o que é a barbárie capitalista.


Os governos, em todo o mundo, levantaram cerca de 17 trilhões de dólares para dar aos grandes empresários e aos banqueiros. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), esse valor seria suficiente para acabar com a fome das mulheres no mundo. No Brasil, o governo LULA cortou cerca de R$ 10 bilhões do orçamento da saúde e educação – áreas que afetam diretamente as mulheres – para manter o lucro dos patrões.


Hoje, em nosso país, a saúde pública é sucateada. Mulheres não têm o direito ao aborto nos hospitais públicos, métodos contraceptivos gratuitos são de difícil acesso. A cada quatro segundos, uma mulher é vítima de violência.


A cultura do machismo faz com que sejam tratadas como mercadorias, objeto sexual, marcas de cerveja. Isso sem falar na indústria do turismo sexual. A opressão favorece a exploração capitalista. Não bastasse isso, estima-se que as mulheres ganhem 30% a menos que os homens para exercerem uma mesma função.


A luta é todo dia! - O fim da opressão da mulher só será possível com o fim da sociedade de classes. Por isso, as Mulheres em Luta – Conlutas, exercem uma mobilização permanente, contra os governos, os patrões e o capitalismo, pelo socialismo.


E, neste 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, fazem um chamado para que mulheres trabalhadoras, dos movimentos populares, da juventude, tome as ruas e levantem suas bandeiras cobrando dos governos e dos patrões:

• Creches em período integral para todas e todos!
• Imediata ampliação da licença maternidade para seis meses, obrigatória e sem isenção fiscal!
• Salário igual para trabalho igual!
• Pleno emprego para as mulheres na cidade, pela garantia de trabalho digno para a mulher camponesa!
• Descriminalização e legalização do aborto, garantido na rede pública de saúde, e pela distribuição gratuita de todos os métodos contraceptivos!
• Construção de postos de saúde e hospitais em todos os bairros da periferia, com número adequado de profissionais para atender à demanda!
• Fim da violência sofrida pelas mulheres!
• Direito à moradia!
• Contra o preconceito de raça, nacionalidade e orientação sexual!

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