Prefeito Antônio Peixoto reconhece argumentos do sindicato sobre reposição de aulas
Na última quinta-feira, dia 23, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sinte) de Ceará-Mirim se reuniu com a Prefeitura do município para debater o impasse sobre a reposição de aulas nas escolas, referente ao período da greve deste ano. Durante a audiência, o prefeito Antônio Peixoto (PR) concordou com todos os argumentos da direção do Sinte para que o ano letivo se encerre no final deste mês. Ele reconheceu que muitas escolas já finalizaram ou estão finalizando os resultados de seus alunos e que não há objetivo pedagógico em fazer as aulas irem até meados de janeiro. O prefeito também concordou que a situação poderia ter sido resolvida ainda no decorrer do ano letivo, sem que fosse necessário chegar a este ponto.
Entretanto, quando a direção do sindicato pediu um posicionamento oficial da Prefeitura sobre a reposição das aulas, a resposta foi outra. “O prefeito afirmou que não poderia tomar a medida de encerrar as aulas em dezembro porque esta decisão já estaria a cargo da justiça, uma vez que a Promotoria exige que as aulas sigam até janeiro.”, contou Ana Célia, diretora do Sinte. “Como chefe do executivo, ele poderia resolver a questão. Se há acordo que a reposição de aulas pode ocorrer até o fim do mês, então qual a razão para a Prefeitura não buscar uma saída com os trabalhadores e a justiça?”, questionou a diretora.
O prefeito Antônio Peixoto pediu ao sindicato um documento com a proposta de reposição de aulas dos trabalhadores, aprovada na última assembleia da categoria. Como a Prefeitura não quis se comprometer oficialmente para resolver o impasse, a direção do Sinte de Ceará-Mirim decidiu convocar novamente os professores para deliberarem sobre a postura do prefeito. A assembleia será nesta quarta-feira, dia 29, às 8 horas, na sede do sindicato.
O Sinte ainda questionou as ações da Secretaria de Educação dentro das escolas. A diretora do sindicato, Ana Célia, denunciou as ameaças feitas por gestores de escolas quando afirmam que os professores que encerrarem as aulas em dezembro sofrerão descontos em seus salários. Sobre este ponto, a Prefeitura mais uma vez silenciou.
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