segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Educação em Extremoz

SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DE EXTREMOZ OCUPAM PREFEITURA E TÊM RODADA DE NEGOCIAÇÃO NESTA TERÇA, DIA 12


A situação da educação pública do município de Extremoz não anda nada bem, a exemplo do que acontece em municípios vizinhos, como Ceará-Mirim e São Gonçalo do Amarante. Se por um lado as escolas sofrem com o sucateamento de suas estruturas físicas, por outro, os servidores lutam para que a prefeitura cumpra com suas obrigações e pague o que deve aos trabalhadores.

Há meses os servidores lutam, na tentativa de que o governo cumpra com seus deveres e respeite os direitos adquiridos dos servidores, mas a única resposta que sempre recebemos é a protelação. Constantemente, as respostas que queremos ouvir têm sido adiadas, deixadas pra depois e quem mais sofre com todo esse descaso são os servidores e também a população pobre, que precisa de uma educação de qualidade.

Por isso, para mostrar ao governo que a paciência está acabando, os servidores promoveram na última quinta-feira (7) uma paralisação de advertência e ocuparam a prefeitura por algumas horas. A categoria só resolveu se retirar do local, por volta das 14h, quando conseguiu marcar uma audiência com o governo para esta terça-feira, 12 de novembro.

Nesta audiência, a prefeitura irá mostrar o quanto da folha de pagamento o governo já conseguiu enxugar com a diminuição de 70% dos funcionários contratados e cargos comissionados. A prefeitura também já adiantou que, devido ao limite prudencial, não pode aceitar os 30% de aumento salarial reivindicados pela categoria, mas ofereceu 5% de aumento ainda em dezembro e o piso salarial em janeiro.

A pauta de negociação do Sinte-RN, núcleo de Extremoz, com o prefeito Klauss Rêgo é extensa. Entre os itens, estão a ajuda de custo para transporte e mudança de nível para os novos concursados (que a prefeitura está prometendo para dezembro ou janeiro), a implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) e o cumprimento da lei federal que regulariza 1/3 da jornada de trabalho para atividades fora da sala de aula.

Sobre os novos concursados, a assessoria jurídica da prefeitura deu deferido os processos de mudança de nível, que devem ser implantadas em dezembro ou janeiro. Nos anos anteriores, os professores contratados recebiam automaticamente de acordo com o nível, sem precisar dar entrada em processo.

Quanto à ajuda de custo, o jurídico afirma que a lei não garante este direito, de tal forma que os novos professores da rede têm tirado dinheiro do próprio bolso para chegarem aos seus locais de trabalho. Aqueles que trabalham em locais de difícil acesso ainda precisam pagar carros particulares.

Os servidores também cobram a escolarização da merenda escolar, para acabar com os problemas de entrega, qualidade e transtornos causados pela centralização da merenda nas secretarias. Sem falar da necessidade de ação imediata para resolver os problemas estruturais das escolas e a falta de material de trabalho e estudo.


Os servidores da educação estão lutando por condições dignas de trabalho e por melhorias na educação pública. Para Dione Grilo, diretora do Sinte-RN, núcleo de Extremoz, não dá mais para tolerar o descaso do governo: “a prefeitura precisa tratar a educação pública com prioridade e não deixar que a situação seja empurrada com a barriga, como vem sendo feito até agora. Se não houver ação, a gente vai parar!”.

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