Um caso de constrangimento com um trabalhador da Educação vem chamando a atenção do Sinte-RN de Ceará-Mirim. O vigilante Leonardo está sendo destratado pelas secretarias de Educação e Defesa Social. Como Leonardo ocupa uma função no âmbito da segurança, em uma escola pública, as duas pastas não se responsabilizam pelo salário do funcionário, que passou dois meses sem receber pagamento, sem que nada lhe fosse explicado.
Leonardo, que inicialmente começou a carreira como merendeiro, passou para a função de vigilante em 2010, cargo que ocupa há quatro anos. Acontece que o funcionário foi cedido da Educação para a Defesa Social e desde então em 2014 ficou sem receber os meses de fevereiro e março. O susto veio quando Leonardo foi ao banco e não encontrou seu salário ao fim do mês de fevereiro.
Ao procurar a Secretaria de Educação, Leonardo ficou sabendo que havia sido cedido para a Secretaria de Defesa Social. Além da transferência não oficializada, o salário foi suspenso também sem o conhecimento de Leonardo. Desde então o trabalhador vem se humilhando diante do Executivo de Ceará-Mirim, que além de não resolver o caso, agiu desde o início com irresponsabilidade, privando o servidor de saber sua situação e suspendendo arbitrariamente o salário por dois meses.
Com o retorno de Leonardo para a Educação, o mês de março foi repassado, mas o salário referente à fevereiro ainda não foi depositado em sua conta. Vale lembrar que não se trata apenas de salário, mas sim de respeito.
O Sinte-RN de Ceará-Mirim falou com o Secretário Júnior, da Defesa Social, irmão do prefeito, que nos informou que não havia tomado conhecimento de nenhum documento do servidor, por estar há pouco tempo à frente da secretaria, mas que resolveria assim que o funcionário comprovasse que havia trabalhado. Falou-se também com o prefeito Peixoto, que prometeu que seria resolvido, mas o caso ainda segue sem solução definitva. O quadro é este: um trabalhador fazendo uma via-sacra, falando com um e outro buscando receber o seu salário, que está sendo retido pela Prefeitura. A assessoria jurídica do Sinte já está acompanhando o fato e tomando as medidas cabíveis na defesa do trabalhador. Repudiamos essa atitude arbitrária, que segundo informações, pode estar acontecendo com outros servidores. Afinal para o prefeito de Ceará-Mirim e seus secretários é muito simples e correto reter o salário das pessoas, até mesmo sem avisá-las. É prática corrente em nosso município, como se esse dinheiro pertencesse a Prefeitura e não fosse fazer falta ao trabalhador. Outra justificativa que não "cola" em nenhum lugar: a Prefeitura costuma dizer que quem não trabalha não tem direito de receber o salário, mas isso não funciona com os contratados que trabalham direto e recebem quando a prefeitura ou a empresa Realce querem pagar, chegando a ficar meses sem salário. E aí? Dois pesos e duas medidas? Fica aqui a nossa indignação, o nosso protesto e a certeza que providências jurídicas estão sendo tomadas.
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