O Dia 1º de Maio é o dia em que nossas lutas se intensificam, principalmente porque sabemos que ser trabalhador em Educação, no Brasil, não tem o valor que merece. De nós, esperam o melhor, mas não recebemos o retorno na mesma proporção. Merendeiro, A.S.G, professor, vigilante, pedagogo, secretária, diretor... A toda a categoria, nós do Sinte-RN de Ceará-Mirim parabenizamos pela coragem de ser um trabalhador em Educação, mas pouco há para se comemorar.
Ao invés de celebrarmos, o dia 1º de Maio se tornou em um dia de luta e de protestos pela falta de condições de trabalhos e pelos direitos retirados pelos governos e patrões. Não faz muito tempo e denunciamos que alguns funcionários da Educação de Ceará-Mirim não recebem salário desde o início das aulas desse ano, em fevereiro. O prefeito Antônio Peixoto, além de atrasar salários, ignora que há mais de 30 dias, nós do Sinte de Ceará-Mirim aguardamos por uma audiência, descumpre acordos negociados, assim como não responde aos pontos pendentes da última greve.
Então o que temos para comemorar? Adiante temos uma Copa do Mundo de Futebol, que promete nos tirar da angústia de não termos serviços públicos decentes, mas até agora a Copa nos tirou mais de R$ 1 bilhão só do Rio Grande do Norte e ainda criminalizou o nosso direito de ir às ruas e apontar as mazelas de nossos governos Federal e Estadual. Hoje é a Copa, mas ontem era a Ditadura e seguimos sempre com desculpas que tentam justificar o porquê de recebermos tão pouco, o porquê de termos escolas sucateadas, o porquê de sermos marginalizados quando vamos às ruas exigir direitos que a Lei já nos assegura.
Ainda não temos um Dia do Trabalhador onde podemos apenas tirar uma folga e comemorar. Todo dia 1º de Maio é um dia de luta, porque, na verdade, para nós da Educação é luta todo dia!
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