terça-feira, 9 de novembro de 2010

Ceará-Mirim/RN

Organizar a luta contra o aprofundamento dos ataques no final do ano

A situação do nosso município é lamentável. Estamos presenciando o aprofundamento do caos nos serviços essenciais. Como todos já sabem, o lixo está soterrando a nossa cidade, na saúde não sabemos o que e quem ainda está mantendo o hospital com as portas abertas. O mercado público da carne foi fechado e os locatários deixados sem a mínima condição de exercer suas atividades, o que significa terem dificuldades de subsistência.

Esta triste realidade é o aprofundamento de tudo o que nós, do SINTE, denunciamos anteriormente nos atos públicos, nas praças, nas ruas e nas entrevistas. Mostra o desprezo com que o prefeito Antonio Peixoto (PR), aliado do PT, DEM e PC do B, trata a escola pública neste município. Temos escolas onde na merenda são servidos apenas carne moída e jerimum, como é o caso da Escola Municipal Clotilde Guedes, em Aningas. Em outras, não há nada a oferecer, como é o caso da Escola Municipal Emília Petronila da Rocha, no Projeto São Miguel.

Durante estes dez meses de 2010, o município recebeu um valor de R$ 17.434.091,06 de recursos do FUNDEB (Fundo de Manutenção da Educação Básica), isso equivale a uma média mensal de R$ 1.743.409,10. Ainda assim, o prefeito insiste em não pagar a promoção vertical (letras), mesmo reconhecendo que errou na forma da implantação e dizendo que corrigiria no pagamento do mês de outubro. Da mesma forma como prometeu em audiência pública, no dia 5 de novembro, na Estação Cultural, que não atrasaria mais o salário dos funcionários da educação, e não cumpriu. Como acreditar em um gestor público que não honra com o que diz perante a população?

Diante de tudo isto, o que existe é pressão sobre os trabalhadores para que cumpram a totalidade dos dias letivos, mesmo a Prefeitura não dando condições. Por outro lado, sobra perseguição a estes mesmos trabalhadores por parte das direções de escolas, com ordem da Secretária de Educação. A Câmara Municipal, recentemente, chamou o prefeito para dar explicações sobre as demissões de secretários e outros comissionados da Prefeitura, mas o que se viu foram vereadores saírem em defesa do prefeito, deixando clara a conivência diante do caos instaurado pelo administrador.

Para barrar tudo isso, precisamos ficar atentos. Pois assim como vem acontecendo com os funcionários, não é de se espantar que o 13º ou mesmo o salário de todos nós venha a atrasar. Caso isto ocorra, dentro do próximo mês, temos que tirar uma política de contra-ataque. É necessário estarmos sempre prontos para enfrentar esta realidade do abandono e da destruição da nossa escola pública e desrespeito aos que nela trabalham e estudam. Não podemos descartar uma greve no início do ano para arrancar deste governo municipal soluções cruciais para nossa educação, assim com outras reivindicações que o prefeito Peixoto nos vem negando durante todo este período de seu (des) governo.

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