sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Subiu de preço

Cesta básica mais cara em Natal

Após apresentar queda em setembro, preço de alimentos aumenta 4,09% em outubro segundo Dieese

O custo da cesta básica em Natal aumentou 4,09% em outubro chegando a R$ 200,97 - em setembro o valor havia sido de R$ 193,08 - apontou a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, divulgada ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Essa foi a segunda maior alta dentre as seis capitais nordestinas, sendo superado por Fortaleza (4,46%). No acumulado do ano, a cesta básica apresenta alta de 8,02%. Considerando-se o período dos últimos 12 meses, a alta chega a 9,85%.

Em outubro, 16 das 17 capitais pesquisadas apresentaram aumento de preços - Curitiba (5,78%), Goiânia (5,64%) e Belo Horizonte (5,50%). Natal apresentou a sétima maior elevação no país. Apenas Aracaju teve redução de preço (-0,67%), mantendo-se como a cesta mais barata do país, custando R$ 172,40. Natal tem a quinta cesta mais barata.

Quatro dos doze produtos pesquisados em Natal sofreram redução na comparação com o mês de setembro: tomate (-3,13%), açúcar (-2,60%), banana (-1,15%) e manteiga (-0,08%). Dentre os que tiveram aumento, o feijão foi o que mais encareceu: 22,68%. Com aumento de 5,56%, o leite integral em Natal foi o que sofreu maior elevação no país. Segundo o Dieese, a seca influenciou as pastagens, aumentando o preço do produto. O aumento do pão francês (4,23%) e do óleo de soja (4,08%) também foram destaques. Os demais produtos tiveram as seguintes variações: farinha (5,29%), carne bovina (3,52%), café (3,40%) e arroz (2,63%).

Conforme cálculo do Dieese, o custo da cesta básica para o sustento de uma família com quatro pessoas durante em setembro foi de R$ 602,91 contra os R$ 579,24 no mês de setembro. Esse valor equivale a 1,18 vezes o salário mínimo atual de R$ 510. Já o custo individual representou 42,83% do salário mínimo líquido (R$ 469,20), após os descontos da previdência. Em setembro, esse percentual foi de 41,15%.

A pesquisa mostrou ainda que o trabalhador natalense precisou trabalhar mais para conseguir alimentos: comprometeu 86 horas e 42 minutos de sua jornada para a aquisição dos alimentos básicos. Em setembro essa carga havia sido de 83 horas e 17 minutos e em outubro de 2009, 86 horas e 33 minutos.

De acordo com o Dieese, o salário mínimo necessário para cobrir todas as despesas previstas pela Constituição - como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência - deveria ser de R$ 2.132,09, valor 4,18 vezes que o mínimo em vigor. Em setembro, o mínimo ideal era de R$ 2.047,58, o equivalente a 4,01 vezes o custo da cesta.

Fonte: Diáro de Natal - 05/11/2010

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