quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Em Ceará-Mirim...

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO QUER QUE REPOSIÇÃO DE AULAS DA GREVE VÁ ATÉ JANEIRO DE 2013

Mais uma vez a Prefeitura de Ceará-Mirim tenta descumprir acordos feitos com o Sindicato da Educação do município (Sinte/RN). Agora, é a secretária de educação, Ângela Aquino, que pensa que pode enganar os professores de Ceará-Mirim e o sindicato. Em um ofício da Secretaria enviado às escolas (imagem ao lado), a secretária informa que a reposição das aulas da greve deste ano vai incluir 1 dia de dezembro e 14 dias de janeiro de 2013. Um completo desrespeito ao que foi negociado diretamente com o prefeito Antônio Peixoto (PR). No acordo com a Prefeitura, estava garantido que as escolas teriam autonomia para repor as aulas da greve, ainda que com base no calendário da Secretaria de Educação. Não é o que está no ofício. O Sinte/RN repudia o autoritarismo da secretária Ângela Aquino e vai continuar exigindo que as próprias escolas façam os ajustes no calendário.

Histórico

Em audiência realizada no último dia 10 de agosto, na sede da Prefeitura de Ceará-Mirim, com a presença do prefeito Antônio Peixoto (PR), das secretárias de educação, Ângela Aquino, de administração Glauciane, da direção do Sinte/RN e de representantes dos professores, foi firmado um acordo para a reposição das aulas perdidas durante a greve deste ano. Segundo este acordo, a Secretaria de Educação deveria enviar um calendário de reposição às escolas e cada uma delas faria as adequações necessárias, conforme suas especificidades. Entretanto, no dia 23 de agosto, em audiência com a Promotoria da Educação (Ministério Público), a secretária Ângela Aquino declarou, falsamente, que o sindicato era contra a reposição das aulas.

A direção do Sinte/RN de Ceará-Mirim esclarece que em nenhum momento posicionou-se contra o pagamento das aulas. O sindicato apenas questinou, e segue com essa posição, a reposição aos sábados, em função das dificuldades de locomoção dos alunos e do trabalho que alguns desenvolvem na feira livre do município. O Sinte defende, ainda, que as escolas tenham autonomia para fazer os ajustes necessários no calendário, já que vivem situações diferentes. Por exemplo, há escolas que paralisaram suas atividades por 16 dias, enquanto outras paralisaram menos.

Por isso, o sindicato defende a autonomia no calendário de reposição de aulas e condena a declaração mentirosa da Secretaria de Educação.

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