quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Trabalhadores em Educação realizaram ato público em Ceará-Mirim nessa quarta-feira, dia 19

Ato terminou em frente a sede da Prefeitura de Ceará-Mirim.

O ato público realizado hoje, dia 19, em Ceará-Mirim, que já havia sido marcado com antecedência, sofreu um golpe. O Sinte-RN de Ceará-Mirim foi notificado pela Justiça na manhã dessa quarta-feira de que a greve é ilegal. A ação foi uma clara manobra para que o ato não acontecesse e para que os servidores se desarticulassem. Mas essa não foi a primeira vez que a Prefeitura partiu para a intimidação e os trabalhadores continuaram unificados.

Estiveram presentes os núcleos de Ielmo Marinho, Extremoz, São Gonçalo do Amarante e Maxaranguape, que assim como Ceará-Mirim sofrem com a falta de estrutura, a negação em se reajustar o salário de todos os trabalhadores em educação e a repressão aos grevistas, como a ameaça de corte dos pontos. Além dos núcleos, estiveram grupos organizados como a Corrente Proletária, o Partido Operário Revolucionário (POR) e o Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados (PSTU), a Central Sindical Popular (CSP-Conlutas) e o Sinte Estadual.

Durante a caminhada, os trabalhadores em Educação entregaram uma nota explicando a situação da educação em nosso estado e no nosso município. 

Ao fim do ato, estava marcada uma audiência com o prefeito Antônio Peixoto, mas o mesmo não se encontrava em seu gabinete. Na última audiência que os trabalhadores tentaram marcar com a Prefeitura, a informação que se recebeu foi de que o prefeito estava realizando um processo cirúrgico e que por isso não poderia receber os trabalhadores. A audiência foi então adiada para hoje, dia 19, mas os manifestantes mais uma vez se depararam com a ausência de Antônio Peixoto.

"Nós solicitamos uma audiência hoje, mas o prefeito está se
amparando numa decisão da Justiça, que chegou hoje, tornando a greve ilegal. Mas essa justificativa não se sustenta, pois a greve não é abusiva. Ilegal é deixar de cumprir pauta, é estudar em salas quentes e merendar no chão", lembrou Ana Célia Siqueira, diretora do Sinte-RN de Ceará Mirim. "Tornar a greve ilegal é uma tentativa de criminalizar os movimentos sociais, que vem acontecendo em vários cantos do Brasil", continuou ela.

Lembrando das intimidações que os servidores da educação que aderiram a greve estão sofrendo, a servidora Francisca Gomes, do núcleo de Pureza, argumentou que em sua cidade a tentativa de desmontar o movimento é diferente. "Lá o governo tenta desarticular os trabalhadores adiando o ano letivo e lá os companheiros que militam conosco são os mesmos que sentam nas mesas de negociações com a Prefeitura", explicou Francisca.

O ato terminou em frente a sede da Prefeitura de Ceará-Mirim e de lá, mais uma vez, o Sinte conseguiu com que uma nova audiência com o prefeito Antônio Peixoto fosse marcada. Será nessa sexta-feira, dia 21, às 10h.

É importante lembrar também que nossa assembleia acontece amanhã, dia 20, às 8h30, na Escola Estadual Ubaldo Bezerra. Compareça!











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