Denúncia

Educação Pública em Ceará-Mirim está à beira do caos

Em abril deste ano, durante uma audiência com o prefeito de Ceará-Mirim, Antônio Peixoto (PR), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do município (Sinte/RN) e um grupo de trabalhadores da categoria ouviram a seguinte afirmação do chefe do executivo: “Nossas escolas não têm condições de estudo.”.

O caos da educação de Ceará-Mirim é tão grande e notório que nem mesmo o prefeito se atreve a negar a situação. Entretanto, Antônio Peixoto não está disposto a resolver o problema com a urgência que ele merece. Não é segredo para ninguém que as escolas do município estão caindo aos pedaços e que não possuem as mínimas condições de funcionamento.

Faltam carteiras, as salas de aula não têm estrutura, a merenda e a água das escolas não possuem as devidas condições de higiene, isso quando os alunos têm acesso a elas, já que constantemente falta merenda e até mesmo água. A situação é tão absurda que na escola Antônio Ferreira da Silva, em Ponta do Mato, as crianças já chegaram a merendar apenas três bolachas e mais nada. E o pior: nesta mesma escola não existe água encanada. A água utilizada para tudo, inclusive para beber e cozinhar, vem de um caminhão pipa e é depositada em caixas d'água sem a menor higiene. De acordo com uma funcionária do local, essa situação se mantém há mais de 23 anos. E o prefeito Antônio Peixoto, claro, também é responsável por isso.

Como se não bastasse o caos nas escolas, os profissionais da educação ainda enfrentam os baixos salários, a falta de reajuste e o não cumprimento de seus direitos. A atitude da Prefeitura de não atender as reivindicações dos trabalhadores e as necessidades da população é um desrespeito total. É preciso construir um grande movimento em Ceará-Mirim, unindo trabalhadores, pais e alunos, para obrigar o prefeito a mudar esta realidade. Do contrário, as escolas vão de fato parar de funcionar, já que Antonio Peixoto não oferece as mínimas condições de funcionamento da educação pública.